Após acidente, Auditores-Fiscais do Trabalho interditam obra em Recife


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
12/09/2012



Trabalhador cai do 11º andar de edifício em construção e consegue sobreviver


 

Auditores-Fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Pernambuco – SRTE/PE realizaram embargo total de uma obra onde um operário caiu do 11º andar em Olinda. Durante a vistoria, interditaram também o elevador e a grua. O embargo permanecerá até os responsáveis pela construção corrigirem os problemas detectados e marcarem uma nova vistoria com a Fiscalização do Trabalho. 

 

O acidente ocorreu na última quinta-feira, 6. Um ajudante de carpinteiro, que sobreviveu, caiu porque a madeira que tampava a abertura do fosso do elevador cedeu com o peso do operário. A queda foi atenuada por assoalhos superpostos a cada três andares e a vítima sofreu apenas uma luxação no ombro direito.

 

Acidentes de trabalhos como o ocorrido em Olinda representam uma rotina em nosso País. As ocorrências se repetem a cada dia à mercê de iniciativas governamentais para resolver o problema, pela falta de segurança nos locais de trabalho e em certos casos, também pela falta de treinamento dos trabalhadores para uso dos equipamentos individuais de proteção.

 

Em sua Campanha Institucional 2012, o Sinait alerta para os mais de 700 mil acidentes de trabalho e cerca de 2.700 mortes de empregados por ano, não incluindo aqueles não comunicados pelas empresas à Previdência Social.

 

Como forma de prevenir os acidentes, o Sinait reivindica o aumento do número de Auditores-Fiscais do Trabalho, hoje, insuficiente para fiscalizar as mais de sete milhões de empresas do território nacional com a missão de proteger os mais de 44 milhões de trabalhadores (Fonte: Relação Anual de Informações Sociais – RAIS 2010/MTE).

 

Leia mais na matéria abaixo.

 

6/9/2012 – G1/PE

 

Operário sobrevive após cair do 11º andar de prédio em Olinda

 

Um operário de 37 anos sobreviveu após cair do 11º andar de um prédio em construção no bairro de Casa Caiada, em Olinda, na manhã desta quinta-feira (6). O homem trabalhava nas obras do Residencial Morada do Atlântico, da Construtora Romarco, quando caiu no fosso do elevador, por volta das 8h. De acordo com o Sindicato da Construção Civil de Pernambuco (Marreta), o assoalho do fosso do elevador era muito frágil, estaria fora das normas de segurança, e não aguentou o peso da vítima.

 

De acordo com o diretor do Marreta, Marcos Félix, o trabalhador estava desmoldando vigas, no 11° andar do prédio, quando foi buscar um material no assoalho que tampa o fosso do elevador. "O assoalho era muito frágil, feito com apenas com três barrotes [tipo de madeira] e forrado de vinco, não aguentou o peso dele e desabou. A sorte é que não foi uma queda livre, já que, a cada três pisos, tem um assoalho, que amorteceu a queda dele", explicou.

 

O sindicato determinou que os trabalhadores deixassem a obra e fossem para casa. Segundo o diretor, o canteiro ficará isolado até a segunda-feira (10). O Marreta informou, ainda, que deve entrar com pedido de embargo da obra na tarde desta quinta, junto ao Ministério do Trabalho.

 

A Construtora Romarco informou que o funcionário estava com todos os equipamentos de segurança, como botas, capacete, luvas e cinto de segurança, mas não teria amarrado o cinto, que estava na cintura dele, à estrutura fixa do pavimento. A empresa contou ainda que realiza treinamentos e reuniões de segurança do trabalho, além de contar com técnicos de segurança para fiscalização e conscientização dos funcionários.

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