Servidores públicos federais e estaduais se uniram na Frente Mineira em Defesa do Serviço Público e realizaram ato conjunto em frente ao Banco Central em Belo Horizonte
Um grande Ato Público aconteceu na manhã desta quarta-feira, 8 de agosto, em Belo Horizonte (MG), em frente à sede do Banco Central. Os Auditores-Fiscais do Trabalho se juntaram a servidores de carreiras de Estado e também do serviço público estadual, cujas entidades representativas se uniram na Frente Mineira em Defesa do Serviço Público.
Além dos Policiais Federais que estão em greve de advertência, também os funcionários do Banco Central fazem uma paralisação de 24 horas, e várias carreiras do funcionalismo estadual estão mobilizadas. O servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, estão em greve há 40 dias.
O Sinait e a Associação dos Auditores-Fiscais do Trabalho de Minas Gerais – AAFIT/MG foram representados no Ato Público pelo Delegado Sindical José Augusto de Paula Freitas, que é também presidente da Associação mineira e diretor do Sindicato Nacional. Além de José Augusto, falou em nome da categoria o Auditor-Fiscal Onilton Barbosa.
Ambos denunciaram o sucateamento do Ministério do Trabalho e Emprego, o que prejudica trabalhadores e servidores, e beneficia os maus empresários. José Augusto criticou o governo que, segundo ele, está usando a Lei de Acesso à Informação para passar uma imagem de transparência, porém, coloca em risco os servidores públicos ao divulgar os salários nominalmente.
Onilton afirmou que ao não dar condições aos Auditores-Fiscais do Trabalho para fiscalizar, sucateando o MTE e deixando a categoria ir minguando aos poucos, é o governo que falha com os trabalhadores, com as famílias de acidentados e com a sociedade. Por isso é preciso a mobilização, para cobrar concurso público e condições de trabalho, e preservação do salário, que é um direito constitucional.
Outros dirigentes sindicais criticaram duramente o governo pela edição do Decreto 7.777, que autoriza a substituição de servidores em greve, considerado um instrumento autoritário. Também protestaram contra a falta de negociação do governo com as carreiras, o que é um ato desrespeitoso para com os servidores. Essas atitudes, disseram, serviram para unir os servidores de forma inédita, mostrando a força e a indignação do funcionalismo.
A segurança do Banco Central, de certa forma, reprimiu a manifestação das entidades ao proibir a utilização das faixas e banners levados pelas categorias. Durante apenas alguns segundos os Auditores-Fiscais abriram sua faixa para registrar o momento.
Por outro lado, este ato público, pela primeira vez em Belo Horizonte, atraiu veículos da imprensa local, cujos jornalistas cobriram o evento e entrevistaram as lideranças das categorias.