SRTE/MT faz parceria para empregar egressos do trabalho escravo


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
03/05/2011



Uma iniciativa do Auditor Fiscal do Trabalho – AFT Valdiney Arruda, atual Superintendente Regional do Trabalho no Mato Grosso, é notícia de capa de hoje do caderno Razão Social encartado no jornal O Globo. Ele firmou uma parceria com as construtoras Santa Bárbara e Mendes Júnior, responsáveis pela construção do estádio que abrigará jogos da Copa do Mundo em 2014, para empregar cerca de 100 trabalhadores resgatados por Auditores Fiscais do Trabalho de situações análogas à de escravidão. 


A repórter Camila Nóbrega, que assina a matéria, além de redigir o texto impresso, fez um vídeo com depoimentos de trabalhadores e do Superintendente Valdiney Arruda. O estado do Mato Grosso apresenta muitos casos de escravidão moderna, ao lado do Pará.

 

A parceria firmada pela SRTE/MT é um bom exemplo de como impedir que trabalhadores retornem ao ciclo do trabalho escravo. “Muitos voltam porque não têm opção de emprego e precisam sustentar suas famílias”, lembra Rosângela Rassy, presidente do SINAIT. “O que fazer com os trabalhadores depois do resgate da Fiscalização do Trabalho é um problema. Já existe o Seguro-desemprego especial para eles, mas isso dura pouco. Eles precisam mesmo é de oportunidades de trabalho digno, decente. Essa é uma ideia muito boa que pode ser multiplicada por todo o país”, diz Rosângela.

 

Para assistir ao vídeo clique aqui

 

A matéria completa só está disponível na internet para assinantes do jornal O Globo.

Veja outras informação abaixo:

 

3-5-2011 – Blog do Trabalho

“Há vida depois da escravidão”

 

O caderno Razão Social, encartado na edição desta terça do jornal O Globo, traz como reportagem de capa um relato sobre a vida de trabalhadores resgatados da condição análoga ao da escravidão no Mato Grosso.

 

“Há vida depois da escravidão” é a manchete do caderno. A reportagem conta como uma parceria entre o Ministério do Trabalho e Emprego e empreiteiras está viabilizando a contratação formal de trabalhadores egressos do trabalho degradante na construção do estádio da Copa em Cuiabá (MT).

“Para eles, mais do que pôr de pé um símbolo do orgulho local, a oportunidade é a de reerguer a própria dignidade”, diz o texto assinado pela repórter Camilla Nóbrega.

 

 

3-5-2011 – Blog Razão Social / O Globo

 


 

Camila Nóbrega

 

A edição do Razão Social impresso de hoje, encartada no GLOBO, traz como matéria de capa uma notícia que é esperança de trabalho decente para cerca de cem brasileiros. Pessoas que, em pleno século XXI, foram submetidas por empresas a condições de trabalho degradantes, exaustivas e quase inacreditáveis num momento em que o foco está em conceitos como responsabilidade social e sustentabilidade. Uma parceria do Ministério do Trabalho e Emprego do Mato Grosso com as construtoras Santa Bárbara Engenharia e Mendes Júnior vai dar emprego a resgatados de situações análogas à escravidão, na construção da Arena Pantanal, estádio que vai receber a Copa de 2014 em Cuiabá.

Eu estive no local no final de abril, para mostrar o projeto em primeira mão. Na pequena e pobre cidade de Poconé, a 180 km de Cuiabá, encontrei egressos de trabalho escravo que foram selecionados para construir o estádio. Depois de tantas situações desrespeitosas, eles são arredios, cabreiros, e só acreditam que terão carteira assinada depois que estiver tudo pronto. Em vídeo, gravei depoimentos de alguns deles. As falas sobre os momentos passados em fazendas irregulares demoraram a vir, e são sempre muito sofridas de serem remexidas. Mas, aos poucos, eles mesmos quiseram falar. Tiveram esperança de que, vendo este vídeo, mais pessoas e mais corporações saibam o que se passa com brasileiros que trabalham na ponta da produção de vários produtos que consumimos diariamente.

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