Casas de farinha passam por mudanças para melhorar a saúde do trabalhador


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
15/04/2011



As casas de farinha em Alagoas vêm passando por um processo de mudança que visa adequá-las às normas internacionais de higiene e à promoção da saúde de seus trabalhadores. Nos municípios de Igaci e Arapiraca estão ocorrendo modificações para adequar os estabelecimentos aos padrões exigidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, pela Vigilância Sanitária, pelo Ministério da Agricultura e Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).


Móveis ergométricos como cadeira com assento giratório e base para sustentar as caixas de mandioca foram desenvolvidos e estão sendo utilizados pelas trabalhadoras que fazem a limpeza da mandioca para a produção da farinha.

 

O projeto foi elaborado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas (Sebrae /AL) em parceria com a Fundacentro, entidade governamental que atua em pesquisa científica e tecnológica.  As mudanças primam pela higienização e criação de novo layout para as casa de farinha, e prevê, ainda, a construção de vestiários femininos e masculinos, refeitório, área de desembarque e local para descarte de resíduos, além de uso de piso específico e laje. 

 

A produção de farinha de mandioca é uma das principais atividades econômicas do interior de Alagoas e está concentrada no território do Agreste, onde existem aproximadamente 200 casas que processam o produto regularmente. Em geral, a atividade tem sido alvo de frequente de fiscalizações feitas pelos Auditores Fiscais do Trabalho - AFT, que encontram, inclusive, trabalho infantil.

 

Mais detalhes sobre as mudanças no trabalho das casas de farinha em Alagoas na matéria, abaixo, que destaca o uso dos móveis ergométricos.

Fotos - As fotos que ilustram esta matéria fazem parte do trabalho de ergonomia realizado por uma equipe da Fundacentro, a pedido do Sebrae/AL e pode ser acessado no arquivo em PDF na matéria abaixo.

 

12-4-2011 – Blog do Trabalho

Estudo feito em Alagoas propõe mudança no trabalho em casas de farinha

Por Cléia Martins

Cadeira com assento giratório e base para sustentar as caixas de mandioca. Essas foram as principais sugestões de alteração no ambiente de trabalho das casas de farinha da região de Arapiraca, em Alagoas. O trabalho de ergonomia foi realizado por uma equipe da Fundacentro, a pedido do Sebrae/AL.

Num primeiro momento, o ergonomista e designer da Fundacentro Ricardo Serrano verificou que havia uma série de inconveniências na forma e local em que as descascadeiras de mandioca trabalhavam. O trabalho era totalmente artesanal e as trabalhadoras ficavam sentadas em pequenas banquetas de madeira e até mesmo no chão, rodeadas por amontoados de mandioca.

“Adaptamos a cadeira com encosto e assento giratório. Com a ajuda de marceneiros da cidade desenvolvemos um protótipo de base para as caixas de mandioca. O descasque ficou mais fácil, além de trazer mais conforto para as trabalhadoras”, informa Ricardo Serrano.

As caixas de mandiocas foram colocadas sobre uma superfície de modo a possibilitar um alcance visual e biomecânico que permite menor desgaste e ajuda a não comprometer o sistema músculo-esquelético. As novas estações de trabalho, além de permitirem melhores condições de trabalho, contribuíram para higienização do local.

A fabricação de mandioca envolve centenas de trabalhadores em cerca de 15 municípios alagoanos. Na região foi estruturado um Arranjo Produtivo Local (APL) de mandioca que abrange mais de 340 associações.

Saiba mais aqui em arquivo PDF.

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