A autora do PLC nº 79/2009, deputada Alice Portugal (PCdoB/BA), propõe a inclusão do estudo dos direitos das mulheres no currículo do ensino médio para abordar aspectos históricos, sociológicos, econômicos, culturais e políticos da luta da mulher pela igualdade de direitos. O projeto, já aprovado na Câmara, recebeu parecer favorável também na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE), pela senadora Fátima Cleide (PT/RO), sob o argumento de que a cultura do machismo prevalece graças à ignorância dos cidadãos sobre os direitos das mulheres.
Foi no Século XX que se deram os maiores passos para a emancipação das mulheres como o direito de votar e de ser votada, e de trabalhar fora de casa em profissões além do magistério e de salões de beleza, por exemplo. Ainda existem muitos desafios a serem vencidos no mercado de trabalho, pois são poucas as mulheres que ocupam cargos de chefia em empresas e a maioria ganha salários mais baixos que os homens, segundo pesquisas do IBGE. Também é pequeno o percentual de mulheres na política.
Veja matéria da Agência Senado:
9-6-2010 – Agência Senado
Projeto inclui direitos das mulheres no currículo do ensino médio
Ricardo Koiti Koshimizu
Serão enviados à Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE) dois projetos que alteram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: o PLC 79/09, que inclui os direitos das mulheres no currículo do ensino médio, e o PLS 186/08, que prevê avaliações específicas para os estudantes indígenas. Ambas as matérias foram aprovadas nesta quarta-feira (9) pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) .
Proveniente da Câmara (a autora é a deputada federal Alice Portugal, do PCdoB-BA), o projeto de lei sobre os direitos das mulheres determina que o conteúdo a ser ministrado no ensino médio abordará "aspectos históricos, sociológicos, econômicos, culturais e políticos que envolvem a luta da mulher pela conquista da igualdade de direitos".
Em seu relatório sobre a matéria, a senadora Fátima Cleide (PT-RO) defendeu a aprovação da proposta com uma emenda. Ela argumentou que "a ideologia do machismo (...) se mantém graças à ignorância" sobre os direitos das mulheres.