A Delegacia Sindical do Sinait em Pernambuco e a Associação dos Auditores-Fiscais do Trabalho no Estado - Afitepe divulgaram nota sobre o assassinato do Promotor de Justiça Thiago Faria de Godoy Magalhães, ocorrido em uma estrada no dia 14 de outubro. Ele foi alvejado enquanto dirigia, com mais duas pessoas dentro do veículo, que não ficaram feridas. A suspeita é que o assassinato tenha sido praticado em razão de suas atividades profissionais.
O presidente da DS e da Afitepe, Carlos Silva, associa este episódio com o da Chacina de Unaí, que vitimou os Auditores-Fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, além do motorista Ailton Pereira de Oliveira, em 28 de janeiro de 2004. Ele espera que a família do Promotor não tenha que esperar tanto tempo como as dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego para ver os responsáveis pela barbárie punidos. A agonia em relação à Chacina de Unaí já dura nove anos e até agora, apenas três acusados foram julgados e condenados.
Veja a nota da DS/PE e da Afitepe:
A Delegacia Sindical do Sinait e a Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho de Pernambuco - Afitepe, por meio de seu presidente, o Auditor-Fiscal do Trabalho Carlos Silva, lamentam e se indignam com a morte do Promotor de Justiça Thiago Faria de Godoy Magalhães, 36 anos, assassinado no último dia 14, próximo à cidade de Águas Belas, no Agreste Pernambucano.
O crime bárbaro, que mais uma vez atemoriza a sociedade, vitimando fatalmente o Promotor de Justiça, empossado em novembro do ano passado, vem engrossar as estatísticas de casos de agressões contra agentes públicos, que ficam à mercê da violência pública, e comprovar ainda mais a ineficiência de medidas de segurança adotadas pelos órgãos governamentais.
Chacina de Unaí O assassinato de Thiago Godoy assemelha-se ao caso do assassinato dos quatro servidores públicos do MTE, três Auditores e um motorista, quando estavam em fiscalização nas fazendas localizadas na região rural da cidade de Unaí, Minas Gerais, há nove anos.
De lá pra cá, a categoria, através das representações classistas, como o Sinait, têm buscado medidas preventivas de segurança, bem como a condenação de todos os responsáveis pelas mortes dos servidores.
“A morte de Thiago Godoy é uma perda irreparável não só no cenário de intervenção do Ministério Público e no mundo acadêmico do Direito, mas também para todo o conjunto da nossa sociedade, o que deverá ser prontamente apurado pelo Estado, para que os responsáveis sejam punidos", reforça Carlos Silva, estendendo todo o apoio à classe da promotoria de Justiça em Pernambuco, entidade parceira das atividades de fiscalização da Auditoria-Fiscal do Trabalho em todo o Brasil.