Auditores-Fiscais interditam máquina e área de empresa em que morreu operário em Suzano (SP)


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
18/09/2013



Auditores- Fiscais da Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Guarulhos – GRTE/Guarulhos interditaram máquina de manipulação e área da empresa instalada no município de Suzano (SP), nesta segunda-feira, 16 de setembro, após acidente de trabalho com produto químico, que matou um operário e intoxicou 59 pessoas.


Após a interdição, a equipe de Auditores-Fiscais voltará mais uma vez à empresa nesta quarta-feira, 18, para apresentar Termo de Notificação e ajuste por várias irregularidades constatadas durante a operação.


De acordo com o Auditor-Fiscal Ricardo Real, o acidente aconteceu na quinta-feira da semana passada, dia 12, e a equipe foi à empresa na sexta-feira, 13, e a encontrou fechada. “Nós fomos informados de que o operário morto era parente de um dos proprietários da firma. Na segunda-feira (16) voltamos e realizamos a fiscalização”.


Segundo Ricardo, a equipe verificou toda a parte documental referente à saúde e segurança do trabalhador, além do maquinário e das áreas de circulação. “É uma fábrica de atividade de pigmentos e o acidente aconteceu no setor de reação, em que há manipulação de produto químico”.


Na momento do acidente o operário responsável pela manipulação não usava máscara de proteção obrigatória. Na mistura dos componentes, houve uma reação, que produziu gás ácido asfixiante, e o trabalhador, sem proteção, inalou o vapor tóxico, que bloqueou as vias respiratórias e provocou parada cardíaca.


Para o Auditor-Fiscal, acidentes como esses poderiam ser evitados se as empresas seguissem as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. “São empresas de pequeno porte que crescem aos poucos e ao invés de se adequar vão negligenciando as medidas de proteção”. Real afirma que os Auditores-Fiscais atuam por meio de programas de prevenção e em função do efetivo reduzido “fica difícil fiscalizar o número crescente de empresas no mercado, mas acreditamos que a prevenção é a melhor forma de trabalho”.


Ele destaca que a maneira ideal de agir é por meio de programas de proteção. “Não queremos ir numa empresa para notificar por causa da morte de um trabalhador, nós queremos evitar que eles morram e, para isso, é necessário projetos de prevenção e também que as empresas respeitem as normas de saúde e segurança ao trabalhador”.


Participaram das ações na empresa em Suzano, ainda, os Auditores-Fiscais Sérgio Aoki e José Luiz Lázaro.

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