O Auditor-Fiscal do Trabalho Renato Bignani, representou o governo brasileiro, como perito em trabalho forçado, na reunião Tripartite de Peritos em Trabalho Forçado realizada pela Organização Internacional do Trabalho - OIT, entre 11 a 15 de fevereiro, em Genebra, na Suíça.
Renato Bignami reuniu no artigo intitulado “A construção de um novo instrumento internacional contra escravidão e o tráfico de pessoas”, publicado pela ONG Repórter Brasil, as análises e as discussões que permearam o encontro, como as Convenções 29 e 105; a Declaração da OIT Sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e Seu Seguimento, de 1998; o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado, mais conhecido pelo nome da cidade italiana de Palermo, onde foi discutido, entre outros temas.
De acordo com Renato Bignami, a OIT provocou um debate amplo, em que foram revistas brechas nas normas elaboradas para erradicar o trabalho forçado no mundo, do qual, segundo a OIT, cerca de 21 milhões de vítimas: homens, mulheres e crianças são obrigados a exercer trabalhos que não podem abandonar, presos na servidão por dívidas, vítimas de tráfico com fins de exploração sexual e até de pessoas que nasceram na escravidão.
Bignami reflete no artigo, ainda, sobre a oportunidade de redirecionar a discussão sobre o debate do trabalho forçado na agenda atual para um nível prioritário de caráter trabalhista enfocado mais na prevenção e na proteção das vítimas.