Acidente de Trabalho – Três acidentes de trabalho com um único operário em menos de um ano

Nesta terça-feira, 4 de setembro, foi enterrado um operário que teve as pernas esmagadas em um acidente de trabalho em empresa de construção civil da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que aconteceu durante o descarregamento de peças de concreto, na tarde do dia 3 de setembro. O operário chegou a ser socorrido, mas não resistiu. 

A informação mais contundente é que, segundo informações de familiares, o acidente seria o terceiro acontecido com o operário em menos de um ano. A filha do trabalhador questiona se o problema seria apenas do pai, uma vez que as ocorrências persistiram e o empregador não tomou nenhuma medida para evitar que outros acontecessem. 

Segundo a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais – SRTE/MG, foram registrados 139 acidentes de trabalho de janeiro até agora no Estado. Destes trabalhadores acidentados, 64 morreram e 75 tiveram ferimentos graves. Na Grande BH, 30 operários do setor de construção civil morreram. 

Francisco Reis, Auditor-Fiscal do Trabalho chefe da Seção de Segurança e Saúde da SRTE/MG, disse em entrevista que além do pequeno número de Auditores-Fiscais do Trabalho para fiscalizar todas as obras, a pressa das empresas para entregar as obras e a falta de mão de obra ocasiona longas jornadas de trabalho, horas extras e falta de treinamento adequado. 

São dados preocupantes que demonstram a importância da Campanha Institucional do Sinait 2012 que denuncia as mais de 700 mil vítimas de acidentes de trabalho por ano com um saldo de 2.700 mortes.

A Campanha alerta para o grave quadro e, ao mesmo tempo, reivindica o aumento do número de Auditores-Fiscais do Trabalho com o objetivo de minimizar das relações de trabalho práticas como jornadas de trabalho longas e exaustivas e negligência com normas de segurança. 

Veja reportagem do MGTV - http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2012/09/operario-morto-em-acidente-de-trabalho-e-enterrado-na-grande-bh.html 

Leia abaixo mais informações sobre o acidente de trabalho: 

4/7/2012 – G1 Minas Gerais

Operário morto em acidente de trabalho é enterrado na Grande BH 

Foi enterrado nesta terça-feira (4), em Vespasiano, o operário que teve as pernas esmagadas em um acidente enquanto descarregava peças de concreto, na tarde desta segunda-feira (3). O fato ocorreu na empresa de construção civil onde o homem trabalhava, na mesma cidade onde foi o enterro, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O operário chegou a ser socorrido, mas não resistiu. De acordo com familiares, este seria o terceiro acidente de trabalho dele, em menos de um ano. 

Também nesta terça-feira (4), outro caso acidente de trabalho com morte aconteceu no bairro Castelo, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. De acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o homem de 33 anos morreu após sofrer uma queda. O operário trabalhava na construção de um prédio. 

A Delegacia Regional do Trabalho de Minas Gerais informou que já foram registrados 139 acidentes de trabalho, desde janeiro deste ano, no estado. Deste número, 64 pessoas morreram e 75 tiveram ferimentos graves. Na Grande BH, 28 operários do setor de construção civil morreram. 

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, faltam projetos de proteção coletiva dos funcionários e treinamento nas empresas para ajudar a prevenir os acidentes. Um outro problema apontado pelo sindicato é a carga excessiva de serviço, por causa de atraso do cronograma de algumas obras, que leva os operários a fazer muita hora extra, chegando a trabalhar até 12 horas por dia. 

A Delegacia Regional do Trabalho reconhece que o número dos fiscais é pequeno, mas afirma que são feitas autuações constantes. 

4/9/2012 – R7 MG

Operário morre ao cair de andaime de prédio em construção no Alípio de Melo 

A queda de um andaime matou um operário na tarde desta terça-feira (4) no bairro Alípio de Melo, região noroeste de BH. 

Wanderley Barbosa da Silva, 31 anos, se desequilibrou da estrutura e caiu no solo. Ele morreu antes de receber atendimento médico. O Corpo de Bombeiros atestou que ele despencou do sétimo andar. 

O local do acidente é um prédio em construção na rua Elisa Felipeto Ricaldoni com avenida dos Engenheiros. A perícia foi acionada para estudar as causas do óbito, mas a principal suspeita é que ele não usava equipamentos de proteção individual, como cinto de segurança. Uma viatura do 34º Batalhão está no local para registrar o acidente de trabalho.