Com os acidentes ocorridos em obras de construção civil na semana passada na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG) chega a 28 o número de operários mortos em Minas Gerais neste segmento, somente este ano. Em Belo Horizonte, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, foram 17 mortes.
A falta de uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPIs e de treinamento são apontadas como causas dos acidentes. O pequeno número de Auditores-Fiscais do Trabalho também contribui para o agravamento do quadro. Em Belo Horizonte são apenas 55 Auditores-Fiscais do Trabalho em atividade. O total no Estado, em atividades externas e internas, é de 314.
Acidentes acontecem a cada minuto no país, ferindo, mutilando e matando trabalhadores em diversas atividades econômicas sem que o governo tome medidas contundentes para conter e reverter a vergonhosa situação. O Brasil é o quarto no ranking mundial de acidentes de trabalho, registrando mais de 700 mil por ano, e gastos da ordem de 70 bilhões com pagamentos de benefícios e pensões.
Na semana passada a presidente do Sinait Rosângela Rassy concedeu entrevista á Rádio Band News Brasília, quando destacou a importância do trabalho de prevenção em saúde e segurança do trabalho e a necessidade de aumentar os quadros da fiscalização trabalhista para fortalecer o combate a esses acidentes.
A Constituição Brasileira determina que sejam garantidos a todo trabalhador os direitos essenciais de cidadania, dignidade, bem-estar e segurança no trabalho. Cabe à Auditoria-Fiscal do Trabalho contribuir para a redução dos riscos de acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais.
Estudo encomendado pelo Sinait ao IPEA constatou que para a Auditoria-Fiscal do Trabalho conseguir combater efetivamente os acidentes de trabalho que vêm acontecendo pelo país, são necessários mais 5.700 Auditores-Fiscais, que somados aos 2.987 em atividade hoje formariam um contingente capaz de atender as 7 milhões de empresas e os 44 milhões de empregados no mercado formal de trabalho. Atualmente a média é de um Auditor-Fiscal para fiscalizar 3 mil empresas.
Todos os anos, milhões de famílias brasileiras são afetadas direta ou indiretamente por acidentes de trabalho que poderiam ser evitados se houvesse fiscalizações do trabalho nas empresas com a frequência que se faz necessária.
O gravíssimo quadro de acidentes de trabalho no Brasil é denunciado pelo Sinait todos os dias e este ano é o tema da campanha institucional da entidade.
Assista reportagem do Jornal Alterosa sobre o desabamento de uma lage no bairro Sagrada Família, em Belo Horizonte, onde um operário morreu. Assista aqui.
Leia matérias sobre os acidentes de trabalho em Minas Gerais.
26-7-2012 – Hoje em Dia
Minas Gerais registra 28ª morte na construção civil
Operários sem qualificação profissional, canteiros de obras cheios de armadilhas e falta de equipamentos de segurança são os principais fatores responsáveis pelo aumento do número de acidentes de trabalho na construção civil, segundo o sindicato da categoria. Neste ano, 28 pessoas morreram em Minas, sendo 17 na Região Metropolitana de BH.
Nesta quinta-feira (26), um operário de 34 anos morreu após ser atingido por escombros em uma obra na rua General Carneiro, bairro Sagrada Família, Leste da capital, segundo o Corpo de Bombeiros. Dois homens ficaram feridos e foram levados para o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Estado, Osmir Venuto da Silva, afirma que operários estão sendo buscados nas zonas rurais de Estados do Nordeste, como Pernambuco, Bahia e Piauí, para trabalhar na construção de shoppings, hotéis, edifícios e estádios de BH e cidades vizinhas. Sem experiência nesse tipo de trabalho, eles ficam expostos ao risco de acidentes.
Operários do Piauí, que vieram para BH atraídos por emprego na construção de um shopping em Venda Nova, disseram que o salário prometido foi de R$ 2.500 a R$ 3.000, além de alojamento e comida de qualidade e cumprimento de todas as garantias trabalhistas.
Uma construtora de Santa Catarina trouxe 68 trabalhadores para BH, que gastaram R$ 600 na viagem. As promessas, segundo eles, não foram cumpridas. Osmir disse que vai formalizar uma denúncia junto ao Ministério do Trabalho, exigindo que a Delegacia Regional do Trabalho de Minas (DRT-MG) fiscalize os canteiros de obras. O Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) informou nesta sexta que não iria se manifestar sobre as denúncias.
27-7-2012 – O Tempo
Desabamento mata operário
Sagrada Família. Trabalhador furava parede quando se desequilibrou e os destroços do imóvel o acertaram
Outros dois homens ficaram feridos; em BH e região, 17 já morreram no trabalho
JHONNY CAZETTA E KATARINA ALVES
Obra. Casa é demolida para a construção de um prédio; intervenção não foi embargada, mas a entrada de outro edifício foi interditada
Um operário morreu e outros dois ficaram feridos ontem, durante a demolição de uma casa na rua General Carneiro, no bairro Santa Efigênia, na região Leste da capital. Ronilton Oliveira, 34, perfurava uma das paredes do imóvel quando se desequilibrou e parte da residência caiu sobre ele. José Maria Franciano e Leonardo Ferreira também foram atingidos pelos destroços da residência e foram levados, sem risco de morte, para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.
"O que aconteceu foi uma fatalidade e, a princípio, o que podemos avaliar é que os funcionários estavam com todos os aparelhos de segurança", afirmou o tenente do Corpo de Bombeiros Christian Coelho Cordeiro.
Atrás dos canteiros das obras da capital e da região metropolitana se esconde uma realidade preocupante e que havia sido exposta pela categoria antes do desabamento. Somente neste ano, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Belo Horizonte e região (Marreta) foi informado de 17 mortes em acidentes de trabalho. Considerando todo o Estado, o número sobe para 28 óbitos (levando em conta a ocorrência dessa quinta).
A mulher do operário morto ontem, Laura Pereira, 39, contestou a segurança da obra. "Não era um lugar seguro. Hoje (ontem), eu tinha pedido para ele não ir trabalhar. Ele ia com medo, mas tinha que ter um emprego", disse. Vizinhos da casa deram uma versão diferente da dos bombeiros. Segundo eles, os trabalhadores não tinham equipamentos de segurança e a obra já causava tumulto antes mesmo de começar.
"Em maio, fomos na prefeitura saber se a obra poderia ser executada porque tínhamos medo dela interferir na estrutura de nossas casas. Com o início da demolição, há um mês, vieram poeira, barulho e pedaços da construção na minha casa. Ontem (anteontem), tomei coragem e fiz um Boletim de Ocorrência", disse a professora Mary Romeo de Oliveira, 58.
O auxiliar administrativo da construtora Morada Real, responsável pela obra, Rafael Cristóvan, garantiu que a empresa irá dar todo o suporte às famílias. "Os funcionários trabalhavam com segurança e a intervenção está regular", disse. A regional Leste confirmou que a construtora possui os alvarás necessários para a intervenção.
Pouco efetivo compromete fiscalização
Uma situação que contribui para tornar o ambiente menos favorável ao operário é o fato de haver pouco efetivo no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e também no Ministério Público do Trabalho (MPT). Os dois têm ficado sobrecarregados de tantas demandas para apurar, e as mais comuns são referentes aos alojamentos precários dos operários.
Conforme Daniel Rabelo, auditor fiscal do trabalho do MTE, a construção civil responde por 30% de todas as fiscalizações que são feitas em Minas. No primeiro semestre deste ano, 1.700 estabelecimentos foram fiscalizados em todo o Estado, nos quais foram apuradas 3.260 irregularidades. Somente em Belo Horizonte e região metropolitana, 25 obras foram embargadas por falta de segurança aos trabalhadores.
De acordo com o sindicato, o MTE e o MPT, a maioria das mortes e dos acidentes de trabalho decorre da falta de treinamentos e da ausência de equipamentos para os funcionários. Cerca de 60% da mão de obra contratada é de operários com menos de 25 anos, explicou a entidade sindical.
Vistoria detecta irregularidades
Na manhã de ontem, o sindicato dos trabalhadores esteve em quatro alojamentos irregulares em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte. Os locais servem de moradia para cerca de 60 operários. Eles saíram há dois meses de Barras (PI) para trabalhar em um shopping.
De acordo com os operários, a alimentação está precária, e eles não recebem água potável há dois dias. Os trabalhadores precisam contar com a boa vontade de moradores da região para se alimentar. Além disso, eles não contam com assistência médica.
O grupo teria sido contratado por uma empresa terceirizada de Santa Catarina. "Prometeram bons salários, visitas de três em três meses às nossas famílias e garantiram as passagens para voltarmos para casa ao fim da obra. Chegamos aqui com a construção no fim, disseram que não vão pagar nossos retornos nem os acertos", reclamou o ajudante de pedreiro José Augusto da Silva, 23.
Procurado pela reportagem, um representante da empresa que contratou os funcionários, identificado apenas como Edivaldo, garantiu que vai tirar os funcionários dos alojamentos e levá-los para um hotel. Sobre as demais denúncias, ele ressaltou que não tinha nada a declarar. O sindicato informou que
solicitará uma fiscalização ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Segundo o auditor fiscal do MTE, Daniel Rabelo, as empresas que trazem operários de outros
Estados são obrigadas a assinar as carteiras de trabalho e também documentos que garantam o pagamento do retorno deles para suas cidades de origem, mas, na maioria das vezes, isso não é cumprido. "Como eles não conseguem voltar para casa, nosso medo é que esses operários procurem a saída na criminalidade ou na mendicância", disse o presidente do Marreta, Osmir Venuto.
27-7-2012 – Estado de Minas
CONSTRUÇÃO CIVIL » Laje desaba e mata um
Operário foi atingido pelos escombros em demolição na Região Leste de BH. Duas pessoas ficaram feridas no acidente. Vizinhos denunciam que trabalhadores não tinham segurança
Bárbara Ferreira
Um operário morreu e dois ficaram feridos depois que a laje de um imóvel que eles estavam demolindo caiu. O acidente ocorreu ontem à tarde na Rua General Carneiro, 333, Bairro Sagrada Família, na Região Leste de Belo Horizonte. Ronilton Oliveira Marim, de 34 anos, morreu na hora. Leonardo Ferreira de Jesus, de 29, e José Maria Feliciano, de 49, foram retirados dos escombros pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.
Os três homens trabalhavam no local havia aproximadamente 20 dias. Eles foram contratados para demolir uma casa, pois o terreno foi comprado para a construção de um prédio. De acordo com os bombeiros, no momento do acidente, Leonardo e José estavam no segundo andar da residência perfurando a laje. Durante o processo, parte do piso desabou e atingiu Ronilton, que estava no pavimento abaixo. Por causa do desabamento, o corredor de um prédio vizinho teve de ser interditado. Um muro que divide os dois terrenos ameaça a desabar.
A Defesa Civil foi chamada e constatou problemas na estrutura do imóvel ao lado da casa que desabou. “A entrada do prédio de quatro andares ficou comprometida. Interditamos a entrada e pedimos para que os moradores usassem a garagem para entrar no imóvel”, explica Cristiano Petris Gonçalves, técnico da Defesa Civil. De acordo com ele, uma casa também foi atingida pelos escombros, mas sua estrutura não sofreu abalos.
DENÚNCIAS
“Foi uma coisa horrível. Eles estavam furando a laje, dois na parte de cima e um embaixo. Já sabia que algo ia acontecer, tinha feito duas denúncias na prefeitura e uma na Defesa Civil”, lamenta a moradora que viu o acidente. Stella Maris Brasil Santos. A janela da cozinha do apartamento de Stella fica em frente da laje em que as vítimas trabalhavam.
De acordo com ela, além da preocupação com a falta de segurança, os moradores da rua já haviam reclamado com a construtora sobre pedaços de pedra e detritos que caiam na vizinhan ça. “A obra fica bem perto, e no corredor de baixo sempre encontrávamos pedaços de pedras, azulejos e reboco. A minha preocupação maior não era com a sujeira, e sim com a segurança. A nossa segurança e a dos trabalhadores”, explicou.
“Alguma coisa iria acontecer. No dia anterior estávamos todos incomodados com a obra. Eu já estava até parecendo chata, pois ligava insistentemente para a polícia” informa Fátima Viana Teixeira, que mora em uma casa de frente para a obra. Ela também conta que eles estavam sempre sem o capacete e com chinelos de dedo.
O auxiliar administrativo Rafael Cristóvão, representante da Construtora Morada Real, responsável pela demolição, informou que a obra e que estava presente no local afirmou que a obra tinha toda a documentação e era segura. “Foi uma fatalidade o que ocorreu. As reclamações dos moradores eram sempre por causa do barulho e da sujeira, nada a respeito da segurança” esclareceu. Ele também disse que os trabalhadores sempre usavam equipamentos de segurança.
CONTAGEM
Esta foi a segunda morte registrada esta semana em obras na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na terça-feira, um operário morreu e outro ficou ferido depois de serem soterrados no Bairro Riacho das Pedras, em Contagem. As vítimas foram atingidas por deslizamento de terra quando perfuravam o solo para a instalação de um tubulão. O muro de uma casa vizinha também foi danificado.
27-7-2012 – Super Notícias
Desabamento de teto mata operário
Homem furava uma parede quando foi atingido pelos destroços
KARINA ALVES E JHONNY CAZETTA
Os moradores da rua General Carneiro, no bairro Santa Efigênia, na região Leste de Belo Horizonte, viram a morte de um operário, após o desmoronamento do teto de uma casa onde estava sendo realizada uma demolição, ontem. Segundo o Corpo de Bombeiros, Ronilton Oliveira, de 34 anos, perfurava uma das paredes do imóvel quando houve o desabamento.
Outros dois operários, José Maria Franciano e Leonardo Ferreira, ficaram feridos e foram levados para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. "Eles não correm risco de morte. O que aconteceu foi uma fatalidade e, a princípio, o que podemos avaliar é que os funcionários estavam com todos os aparelhos de segurança", afirmou o tenente Christian Coelho Cordeiro, do Corpo de Bombeiros.
Vizinhos da casa, no entanto, afirmam que os trabalhadores não portavam equipamentos de segurança e que a obra já causava tumulto antes mesmo de começar. "Em maio, fomos à prefeitura para saber se a obra poderia ser executada, porque tínhamos medo dela interferir na estrutura de nossas casas. Com início da obra, há um mês, vieram poeira, barulho e pedaços da construção na minha casa. Ontem (anteontem) tomei a coragem de ir à polícia e fazer um boletim de ocorrência", disse a professora Mary Romeo de Oliveira, de 58 anos, moradora da região.
Balanço
Somente neste ano, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Belo Horizonte e região (Marreta) foi informado de 16 mortes em acidentes de trabalho. No Estado, o número de óbitos sobe para 27.
Ajuda às vítimas
Para a construtora Morada Real, responsável pela obra que visa a construção de um edifício de cinco andares, o acidente foi uma fatalidade. "Iremos dar o suporte às famílias. Os funcionários trabalhavam com segurança e a intervenção está regular", afirmou o auxiliar administrativo da empresa, Rafael Cristóvan. A regional Leste da Prefeitura de Belo Horizonte confirmou a existência de um alvará para a construção do imóvel. (JC)
24-7-2012 – Hoje em Dia
Operário morre e outro fica soterrado por barranco em Contagem
Um operário morreu soterrado após um barranco desmoronar sobre ele e um colega de trabalho, que ficou ferido e foi socorrido, na tarde desta terça-feira (24). O incidente ocorreu em uma obra da construção civil, em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
De acordo com o Corpo de Bombeiros, três equipes trabalham no local, que fica na rua Rio Paraopeba, bairro Riacho das Pedras. Após o deslizamento, um dos operários foi soterrado até a altura do seu peito. Os bombeiros não informaram o que teria acontecido para ocorrer o desmoronamento. Os bombeiros retiraram um dos trabalhadores do local, de 42 anos, e o encaminharam para o Hospital de Contagem.
A Defesa Civil Municipal foi até o local para averiguar as condições estruturais do terreno. Após a retirada do corpo do operário que não resitiu aos ferimentos, o corpo dele deve ser periciado e encaminhado para o Instituto Médico Legal. Ele não foi identificado pelos bombeiros.
19-7-2012 – Hoje em Dia
Funcionário terceirizado da PBH morre esmagado por máquina de recapagem durante o trabalho
Jefferson Delbem e Pedro Rotterdam
Um funcionário terceirizado da prefeitura de Belo Horizonte, de 59 anos, morreu esmagado por uma máquina de recapagem de asfalto na manhã desta quinta-feira (19). De acordo com o Corpo de Bombeiros, ele trabalhava na rua Mar de Espanha, praça Cairo, no bairro Santo Antônio, região Centro-Sul da capital, quando ocorreu o acidente. A empresa para a qual ele trabalhava e que era terceirizada da PBH é a Santo Pio Serviços.
Ainda segundo os bombeiros, com o atropelamento, a cabeça e o peito do homem foram esmagados. O filho da vítima, que era encarregado da obra, contou que o pai trabalhava como rasteleiro e seria responsável por retirar o asfalto das áreas de bueiros. No momento do acidente, o condutor do veículo acelerou a máquina e, segundo ele, não teria visto o trabalhador.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas ao chegar ao local constatou que o operário estava morto. O corpo dele foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML).
Farley Morais, funcionário da mesma obra, estava no local, mas conseguiu se livrar do acidente sem ferimentos. Ele chegou a avisar o condutor, mas não deu tempo de salvar o colega. "Eu fiz o sinal, ele parou, daí quando eu ia tirar o cara de lá ele acelerou novamente e passou com as outras rodas sobre o funcionário", informou Farley.
O motorista fugiu do local, mas ligou tempo depois para a polícia e informou onde estava. Testemunhas contaram que o homem fugiu porque ficou desesperado ao perceber a tragédia.