Vários acidentes com morte na construção civil vêm ocorrendo ao longo desta semana
Acidentes, com e sem morte, na construção civil, vêm ocorrendo ao longo desta semana em diversos Estados. Em Anápolis, Goiás, um pintor de 35 anos morreu na terça-feira (19), depois de cair de uma altura de sete metros, no prédio onde trabalhava, e bater a cabeça na calçada. O motivo do acidente pode ter sido a falta do uso de equipamentos de segurança.
Cinco trabalhadores que prestavam serviço à usina Lins, instalada no município de Lins distante 438 quilômetros de São Paulo), morreram soterrados na tarde dessa segunda-feira (18) após o solo onde estavam trabalhando ceder e desmoronar. Outros quatro trabalhadores que estavam na equipe ficaram feridos. Dois dos mortos eram empregados da usina, os outros prestavam serviço terceirizado.
O acidente ocorreu quando dois trabalhadores em uma vala instalavam uma tubulação para drenar água. O solo desmoronou e os enterrou. Logo em seguida, sete trabalhadores tentaram salvar os companheiros, quando teria ocorrido um segundo desmoronamento de terra atingindo mais sete pessoas.
Em outra ocorrência, um rapaz de 26 anos que trabalhava em uma obra no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foi soterrado enquanto cavava um buraco de aproximadamente três metros de profundidade nesta terça-feira (19). Ele foi encaminhado para o Hospital Municipal, passou por exames e recebeu alta. O jovem não teve nenhum tipo de ferimento mais sério. Segundo o Corpo de Bombeiros, o trabalhador utilizava capacete e isso o ajudou a passar pelo imprevisto sem complicações. Ele ficou cerca de uma hora e meia embaixo da terra.
No Brasil, a construção civil aparece em segundo lugar entre os setores com maior número de acidentes: só perde para a indústria do álcool. Matéria do G1 aponta a falta de fiscalização e alto grau de informalidade no setor como os principais responsáveis pelo aumento dessa estatística. Os acidentes causam mortes e afastamentos temporários ou permanentes.
Outro fator que faz o setor figurar entre os primeiros na lista de acidentes de trabalho é a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Para o Sinait, o número insuficiente de Auditores-Fiscais do Trabalho para fazer as fiscalizações tem contribuído com as estatísticas negativas. O Sinait já alertou o governo sobre o número insuficiente de Auditores-Fiscais do Trabalho e solicitou a realização de concurso para preencher as vagas disponíveis para o cargo em todo o país. Hoje, o quadro conta com pouco mais de 3 mil Auditores. Para a entidade, a Fiscalização do Trabalho precisa ser fortalecida para acompanhar o crescimento econômico do país. A ascensão de setores como a Construção Civil é um dos exemplos.
Este ano, a Campanha Institucional 2012 do Sindicato alerta para o aumento no número de acidentes de trabalho e para a necessidade de ampliação do efetivo de Auditores-Fiscais com o objetivo de trabalhar a prevenção e assim reduzir o número de acidentes.
Mais informações sobre este assunto nas matérias abaixo.
20-6-2012 – G1 Goiás
Pintor morre ao cair de prédio onde trabalhava em Anápolis, GO
Vítima caiu de uma altura de sete metros e não resistiu aos ferimentos.
Um pintor de 35 anos morreu na terça-feira (19), em Anápolis, depois de cair de uma altura de sete metros, no prédio onde trabalhava, e bater a cabeça na calçada.
O motivo do acidente ainda não foi esclarecido. A principal suspeita é de que a vítima tenha encostado no fio de alta tensão, que fica bem próximo ao local onde ele trabalhava. Os vizinhos e o dono do prédio não quiseram gravar entrevista, mas disseram que enquanto trabalhava lá em cima, o pintor não usava equipamentos de segurança.
“Ele não estava usando a cadeirinha e o equipamento de proteção individual recomendado pelas normas legais para esse tipo de procedimento”, observa o tenente da Polícia Militar William Caetano de Mattos.
O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Anápolis. Os peritos recolheram o cabo do rolo de pintura, que é de metal, para analisar.
30-5-2012 – G1 Goiás
Construção civil emprega 90 mil em GO, mas tem alto índice de acidente
Por mês novas construções são erguidas e mudam o visual de regiões da cidade. Atualmente, mais de 340 obras estão em andamento e se convertem em emprego para 90 mil trabalhadores. O que intriga é o fato de um setor que recebe tantos investimentos ainda aparecer entre os primeiros na lista de acidentes de trabalho. Um dos problemas mais perceptíveis é a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Em obras de grande porte, como a construção de um edifício, é mais fácil ver funcionários usando os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Mesmo assim, na sacada de um dos apartamentos, a reportagem da TV Anhanguera flagrou um operário sobre um cavalete não usa capacete, luva ou cinto de segurança.
Nas obras menores, os flagrantes se multiplicam. No alto de uma casa, o grupo de operários se arrisca na O grande número de obras em Goiânia mostra o nível de crescimento capital. A cada colocação das telhas. Nenhum deles usa EPI.
A construção civil aparece em segundo lugar entre os setores com maior número de acidentes: só perde para a indústria do álcool. Esses acidentes ocorrem, principalmente, por dois fatores: a falta de fiscalização ou a fiscalização ineficiente; a segunda causa é o alto grau de informalidade no setor. Os acidentes causam mortes e afastamentos temporário ou permanente.
19-6-2012 - UOL Notícias
Cinco trabalhadores morrem soterrados em usina de açúcar e álcool no interior de São Paulo
Cinco trabalhadores que prestavam serviço à usina Lins, instalada no município de Lins (438 km de São Paulo), morreram soterrados na tarde dessa segunda-feira (18) após o solo onde estavam trabalhando ceder e desmoronar. Outros quatro trabalhadores que estavam na equipe ficaram feridos. Os corpos das vítimas foram liberados pelo Instituto Médico Legal da cidade nesta madrugada e devem ser enterrados ainda hoje (terça 19).
De acordo com a assessoria de imprensa da usina, Leandro Alexandre do Espírito Santo, 37; Mário André da Silva, 33; Valdeci Aparecido de Morais, 46; Roberto Carlos Farias Ledesma, 44; e Élcio Palmeira Rocha, 41, morreram soterrados. As duas primeiras vítimas eram funcionárias da usina, e as demais prestavam serviço terceirizado.
Sobreviveram à tragédia André Luiz Bolonha, Cláudio Luis de Oliveira, Renato Basílio da Silva - funcionários da usina - e Claudinei Tertuliano Lima (terceirizado). Eles foram levados para atendimento em dois hospitais de Lins. Três operários foram liberados, e apenas Claudinei Tertuliano Lima, resgatado com vida depois de ficar soterrado por uma hora e meia, permanece internado, mas sem risco de morte.
O acidente
A equipe trabalhava nas obras de instalação de uma tubulação subterrânea da usina, localizada na fazenda Rio Dourado, na estrada Lins-Tangarás, cerca de 30 quilômetros da área central de Lins, no momento do acidente, por volta das 15h15.
Dois trabalhadores estavam em uma vala instalando uma tubulação para drenar água quando o solo desmoronou e os enterrou. Logo em seguida, sete trabalhadores tentaram salvar os companheiros, quando teria ocorrido um segundo desmoronamento de terra atingindo mais sete pessoas, segundo a coordenadora municipal da Defesa Civil de Lins, Maria Elisa Nascimento Soares.
A remoção da terra para a retirada dos operários foi feita por bombeiros, equipes de segurança da usina, integrantes da Defesa Civil e da concessionária da rodovia Marechal Rondon (SP-300). Nas primeiras horas do salvamento foram retirados três corpos das valas. Para auxiliar na retirada da terra foi preciso utilizar uma máquina retroescavadeira. À noite foram encontrados mais dois mortos, sendo o corpo da quinta vítima retirado por volta das 22h30.
Apenas o corpo de um dos trabalhadores será enterrado em Lins. Os outros quatro devem ser encaminhados às suas respectivas cidades natal: Araçatuba, Ubarana, Avanhandava e Guaiçara.
Investigação
O caso foi registrado inicialmente como acidente de trabalho e homicídio culposo, quando não há intenção. Um inquérito policial será aberto para apurar as responsabilidades no acidente.
Em nota, a usina lamentou o ocorrido e afirmou que presta assistência aos trabalhadores e suas famílias. A empresa também abrirá uma investigação sobre as causas do acidente. As hipóteses para o soterramento ainda não foram divulgadas.
19-6-2012 - G1 Paraná
Rapaz sofre acidente de trabalho e fica soterrado no aeroporto de Foz
Trabalhador tem 26 anos, foi encaminhado para o hospital e passa bem. Ele cavava um buraco de três metros de profundidade.
Um rapaz de 26 anos que trabalhava em uma obra no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foi soterrado enquanto cavava um buraco de aproximadamente três metros de profundidade nesta terça-feira (19). Ele foi encaminhado para o Hospital Municipal, passou por exames e recebeu alta. O jovem não teve nenhum tipo de ferimento mais sério.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o trabalhador utilizava capacete e isso o ajudou a passar pelo imprevisto sem complicações. Ele ficou cerca de uma hora e meia embaixo da terra.
Outro colega, que operava um maquinário também se envolveu no acidente. Da mesma maneira, ele foi encaminhado para hospital e recebeu alta logo em seguida.
Ao G1, o administrador da obra, Santiago Parque, explicou que um caminhão betoneira passou próximo ao local onde os trabalhadores trabalhavam na escavação e por ser um veículo pesado provocou o deslocamento da terra. Segundo Parque, não houve imprudência e o profissional estava com todos os equipamentos de segurança. “Ele mesmo ajudou os bombeiros a desenterrar o próprio corpo, o que mostra que ele estava em perfeitas condições físicas”, disse o administrador da obra (...). Ele disse ainda que a obra está dentro das normas, com três técnicos de seguranças do trabalho, dois engenheiros do trabalho e que a empresa acompanha todo o caso junto com o trabalhador”.
O profissional é contratado por uma empresa terceirizada que presta serviço na obra.