Cai número de empregos com carteira assinada em novembro


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
21/12/2011



21-12-2011 - Sinait

 

O resultado foi o pior para um mês de novembro desde 2008

 

O Brasil gerou 42.735 novos empregos formais em novembro, 69% a menos que no mesmo mês de 2010 (138.247 novos postos), segundo um balanço divulgado nesta terça-feira, 20 de dezembro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.

 

O resultado foi o pior para um mês de novembro desde 2008, segundo o Ministério, que atribuiu a menor geração de empregos à desaceleração da economia brasileira em consequência da crise econômica mundial.

 

O número de novos postos de trabalho formais em novembro também foi muito inferior na comparação com outubro deste ano. A diferença foi de 66,1% em relação aos 126.143 registrados nomes anterior.

 

Apesar do resultado de novembro, o número de novos empregos formais gerado pelo Brasil nos 11 primeiros meses do ano chegou a 2,32 milhões, o que permitiu que o número de trabalhadores formalmente registrados aumentasse 6,46% na comparação com dezembro do ano passado. No entanto, a quantidade ficou 20,4% abaixo do recorde criado no mesmo período de 2010 (2,91 milhões).

 

Em nota, o Ministério do Trabalho atribuiu o saldo fraco a um efeito sazonal - tradicionalmente o emprego perde ritmo em novembro por conta do desaquecimento de alguns setores como indústria e agricultura -, mas apontou também os impactos da crise externa.

 

Mais informações sobre este assunto na matéria abaixo da Folha de São Paulo

 

22-12-2011 – Folha de São Paulo

Criação de empregos formais chega ao menor nível do ano

 

A criação de vagas formais no Brasil despencou em novembro e atingiu o menor nível para este mês desde 2008 -quando o mundo vivia o baque da quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, em setembro.

 

O dado, divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho, reforça a avaliação de que a atividade doméstica caminha a passos lentos no final do ano, após ter ficado estagnada no terceiro trimestre.

 

No mês passado foram geradas 42.735 vagas formais de trabalho. Esse foi o pior resultado deste ano, e ficou 69% abaixo do número de empregos criados em novembro do ano passado.

 

Em nota, o Ministério do Trabalho atribuiu o saldo fraco a um efeito sazonal -tradicionalmente o emprego perde ritmo em novembro por conta do desaquecimento de alguns setores como indústria e agricultura-, mas apontou também os impactos da crise externa.

 

Crise Externa

"No aspecto conjuntural, os efeitos da crise internacional parecem estar repercutindo com maior intensidade no setor da indústria de transformação, que, nesses últimos meses, vem demonstrando sinais de perda de dinamismo", afirmou o ministério.

 

Na relação com o mês de outubro, quando foram criadas 126 mil vagas, houve uma queda de 66% na geração de novos postos de trabalho.

 

O ritmo de geração de empregos formais começou a cair no segundo semestre, quando o governo informou que não bateria a meta prometida no início do ano, de geração de 3 milhões de postos de trabalho.

 

Em setembro, o então ministro Carlos Lupi reduziu a previsão de geração de vagas para 2,7 milhões.

 

Lupi explicou, naquele mês, que a geração mensal de vagas estava ocorrendo em um ritmo menor devido a uma desaceleração da economia e da forte entrada de produtos importados no país.

 

Apesar disso, ele mantinha a esperança de que as vagas geradas por concursos públicos municipais e estaduais neste ano ajudariam o país a atingir a meta inicial: "Vamos ter um acréscimo muito mais significativo com concurso público", declarou na época.

 

No acumulado de janeiro a novembro de 2011, o número de empregos com carteira assinada alcançou 2,32 milhões, o que representa uma queda de 20,4% em relação ao resultado alcançado no mesmo período de 2010.

 

Política Monetária

O economista Rafael Bacciotti, da consultoria Tendências, afirmou que o resultado da criação de empregos em novembro foi mais baixo do que o mercado esperava.

 

"Os fatores que contribuíram para a desaceleração da economia e do mercado de trabalho foram as políticas monetárias restritivas e o cenário externo conturbado", afirmou o economista.

 

De janeiro a julho, o Banco Central elevou a taxa básica de juros em 1,25 ponto percentual, para 12,5%, em um esforço para conter a inflação. Em agosto, porém, com o agravamento da crise externa, o Banco Central passou a reduzir os juros, que estão atualmente em 11% ao ano.

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