Livro Retrato Escravo é indicado para participar de festival internacional


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
23/05/2011



O livro Retrato Escravo, de autoria do Auditor Fiscal do Trabalho/CE Sérgio Carvalho e do fotógrafo João Roberto Ripper, foi indicado como um dos melhores livros de fotografia em 2010 e participará do 4th International Photobook Award 2011, festival que será realizado em Kassel, na Alemanha, de 1º a 5 de junho próximo. Especialistas em fotografia de diversas nacionalidades deverão escolher a que será considerada a melhor publicação do último ano, em todo o mundo.

 

Retrato Escravo, lançado em setembro de 2010, no prédio do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, foi elaborado pela Organização Internacional do Trabalho - OIT e pela Fundação Vale. A obra é composta por fotos que mostram o ciclo da escravidão contemporânea no Brasil e revelam as péssimas condições de trabalho análogo ao escravo, passando pela solidão das famílias que ficam sem seus pais que vão para longe em busca de emprego, até o momento do resgate desses trabalhadores. As fotografias foram feitas no Pará, em Campos (RJ), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Ceará. Elas são acompanhadas por textos de pessoas envolvidas com o combate ao trabalho escravo, como Leonardo Sakamato, da ONG Repórter Brasil, e Laís Abramo, diretora da OIT no Brasil.

 

O AFT piauiense, Sérgio Carvalho, começou a fotografar em meados da década de 1990 registrando trabalhadores escravizados em fazendas do norte do país. "Acredito que a fotografia, como qualquer forma de expressão, pode e deve servir como instrumento de politização, de questionamentos, de mudança social e de denúncia", diz Sérgio.

 

Sérgio Carvalho é lotado em Fortaleza e tem várias obras publicadas entre elas "Docas do Mucuripe" que registra em preto e branco, o cotidiano do Porto do Mucuripe, um dos terminais marítimos mais importantes do Brasil, em Fortaleza.

 

O carioca Ripper fotografa há mais de 30 anos e acompanhou denúncias da Comissão Pastoral da Terra sobre trabalho escravo em todo país antes de começar a seguir o grupo móvel de fiscalização do Ministério do Trabalho. "Acredito que a imagem ajuda a inverter uma condição que é inaceitável e que é preciso se ver para poder mudar. E é muito bom ver as pessoas sendo libertadas", conta Ripper.

 

Clique aqui e visualize o livro.

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