Nota informativa detalha ações contra a Volkswagen por trabalho escravo no Pará, na década de 70


Por: Andrea Bochi
15/12/2025



Nota informativa divulgada pelo Coletivo Veredas – Advocacia Popular, em conjunto com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), informa que trabalhadores rurais que atuaram na Fazenda Vale do Rio Cristalino, no sul do Pará, ingressaram recentemente com ações trabalhistas contra a Volkswagen do Brasil por terem sido submetidos a condições análogas à escravidão nas décadas de 1970 e 1980. Os processos tramitam na Vara do Trabalho de Redenção (TRT da 8ª Região), com tramitação prioritária, e a primeira audiência está marcada para março de 2026.

De acordo com a nota, os trabalhadores foram aliciados por “gatos”, intermediários de mão de obra, com promessas de bom pagamento. Ao chegarem à fazenda, encontraram um regime de exploração marcado por servidão por dívida, já que os custos de transporte, alimentação, ferramentas e até do material para construção de barracos de lona eram descontados de seus salários, com preços abusivos. As dívidas cresciam continuamente, impedindo a quitação. Além disso, a propriedade era vigiada por homens armados, que controlavam a porteira e impediam a saída dos trabalhadores, restringindo sua liberdade de locomoção.

As ações individuais buscam indenizações por danos morais e existenciais e reforçam a imprescritibilidade do crime de trabalho escravo, destacando que os desdobramentos do caso seguem sendo acompanhados pela CPT, que denunciou as violações desde o período em que ocorreram.

Confira aqui a Nota.

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