Por Solange Nunes, com informações da SIT
Edição: Nilza Murari
Auditores-Fiscais do Trabalho interditaram máquinas, equipamentos, setores e atividades por grave e iminente risco à integridade física dos trabalhadores da empresa BRF S.A. A ação ocorreu de 15 a 18 de maio, na unidade localizada no Bairro São José, na cidade de Uberlândia (MG). A 1ª Operação Nacional de Frigoríficos faz parte de uma estratégia para fiscalizar setores econômicos prioritários. A iniciativa foi planejada pela Coordenação-Geral de Fiscalização da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho – CGFIP/SIT/MTb.
De acordo com o coordenador da operação, Mauro Müller, a Inspeção do Trabalho iniciou um projeto que visa fiscalizar os grandes frigoríficos do país. “O objetivo é melhorar o ambiente de trabalho deste setor”.
Ele explicou que, depois da Norma Regulamentadora nº 36, responsável pela Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados, ocorreram muitos avanços na área. “Já observamos melhoras, mas, acreditamos que muito ainda precisa ser feito”.
A operação identificou grave e iminente risco à integridade dos trabalhadores. Na unidade, laboram 4.007 empregados. Com o intuito de melhorar o ambiente de trabalho foram interditadas atividades na desossa na paleta no setor de desossa; na separação e rebobinação de tripas no setor de triparia; movimentação de cargas com paleteiras manuais nos diversos setores do frigorífico de suínos e industrializados; trabalho em altura nos diversos setores de indústria; mesa de vísceras no setor de abate; três serras circulares do mezanino da desossa; 15 elevadores tombadores de matéria prima nos setores de bacon, linguiça cozida, linguiça frescal, entre outras.
Para a retomada das atividades e sustação das interdições, a empresa deverá proceder a correção das situações apontadas pela fiscalização do trabalho.
Participaram da operação, além de Mauro Müller, os Auditores-Fiscais Douglas Mota, Francisco Alves, Guilherme Besse, Josafa Costa Santos Junior, Márcio José Leitão e Marcos Vieira de Oliveira.