Emprego bate recorde em maio. Fiscalização do Trabalho contribui

22-6-2010 - SINAIT

Com a economia crescendo, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, fiscalizado pelos AFTs, registrou em maio o melhor saldo líquido em postos de trabalho criados com carteira assinada.

 De acordo com o Caged, em maio a expansão do emprego formal foi generalizada. Todos os 25 subsetores de atividade econômica contrataram mais trabalhadores do que demitiram. A situação se repetiu no acumulado do ano. O setor de serviços continuou puxando a criação de empregos no país. No mês, foram 86.104 e, no acumulado do ano, um total de 432.578 vagas abertas. A agricultura ficou com a segunda colocação, com 62.247 postos, mas perdeu nos cinco meses do ano para a indústria de transformação (349.663 vagas) e para a construção civil (205.194 empregos).

O SINAIT destaca o trabalho da Auditoria Fiscal do Trabalho, responsável pela formação desta estatística, quando formaliza vínculos de trabalho diretamente nas ações fiscais e quando verifica o cumprimento da obrigação relativa ao Caged.

O emprego formal dá origem a importantes fontes de arrecadação da União como o recolhimento do FGTS, Imposto de Renda, contribuições para o INSS. Os seguidos recordes alcançados na geração de postos de trabalho têm grande parcela de participação da Fiscalização do Trabalho, que registra sob ação fiscal os trabalhadores encontrados em situação irregular, contribuindo para a formação das estatísticas. “cabe ressaltar que é em decorrência do trabalho de fiscalização dos AFTs que o governo pode mensurar os resultados da política econômica", destaca Rosângela Rassy, presidente do SINAIT.

Mais informações na matéria abaixo do Correio Braziliense.

298 mil empregos em maio

País tem novo recorde em abertura de postos de trabalho e ultrapassa, em apenas cinco meses, metade da meta anual de 2,5 milhões

Vania Cristino

Este é o ano do emprego formal. Os números divulgados ontem não deixam margem a dúvidas. Com a economia crescendo, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, registrou em maio o melhor saldo líquido em postos de trabalho criados com carteira assinada. Foram abertas 298.041 vagas no intervalo de 31 dias. No acumulado do ano, um novo recorde: em apenas cinco meses, o país contabilizou 1.260.368 vagas, mais da metade da meta, de 2,5 milhões, anunciada pelo ministro Carlos Lupi para 2010. O resultado do período ultrapassa o número de todo o ano passado, quando 995.110 oportunidades foram abertas.

Eufórico, o ministro não deixou de responder às críticas, de economistas e do Banco Central, que apontam o dinamismo do mercado de trabalho como um dos combustíveis da inflação. “Eles já erraram na análise da crise. O parque industrial brasileiro ainda tem espaço para crescer”, avaliou Lupi. Para ele, não há problema se a inflação fechar o ano 0,25% acima do esperado. “Estamos falando de uma taxa entre 5% a 5,5% para o ano, quando já tivemos mais de 30% num único mês”, ponderou.

Meta maior

O ministro do Trabalho está confiante que o presidente Lula conseguirá entregar o país ao sucessor com a marca de 15 milhões de empregos formais gerados em oito anos de governo. “Nessa conta, entram os celetistas e os servidores públicos federais, estaduais e municipais”, disse. Segundo Lupi, tomando-se como referência os dados de 2003 a 2008 da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), um documento entregue pelas empresas, e somando o saldo acumulado do Caged para o período restante (até maio deste ano), chega-se a 13.013.131 empregos criados com carteira assinada.

De acordo com os dados do Caged, em maio a expansão do emprego foi generalizada. Todos os 25 subsetores de atividade econômica contrataram mais trabalhadores do que demitiram. E a situação se repetiu no acumulado do ano. O setor de serviços continuou puxando a criação de empregos no país. No mês, foram 86.104 e, no acumulado do ano, um total de 432.578 vagas abertas. A agricultura ficou com a segunda colocação, com 62.247 postos, mas perdeu nos cinco meses do ano para a indústria de transformação (349.663 vagas) e para a construção civil (205.194 empregos).

Agricultura

O plantio do café e das frutas cítricas favoreceu a geração de trabalho no campo, o que levou a um maior crescimento do emprego no interior, em detrimento da criação de postos com carteira assinada nas zonas metropolitanas. No interior, a expansão do mercado de trabalho abriu 147.806 oportunidades, enquanto que nas nove áreas metropolitanas o resultado do emprego foi positivo em 100.071 postos. Para Lupi o emprego na agricultura vai sustentar a geração de novos postos de trabalho no mês de junho. “Agora é que o Centro-Oeste vai entrar na conta”, disse. Em maio, o desempenho positivo da atividade rural se concentrou em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bahia.

Distrito Federal

A indústria de transformação também vem ganhando ritmo. Todos os seus 12 subsetores

ficaram positivos em maio, com destaque para o segmento de produção de alimentos e bebidas, responsável por 13.911 das 62.220 vagas abertas no período. Em termos geográficos, os destaques foram São Paulo, com 98.624 novos empregos, e Minas Gerais, com outros 60.873. No mês passado, apenas dois estados apresentaram encolhimento do mercado de trabalho. Em Roraima, foram fechadas 117 vagas e, no Amapá, outras 160. No Distrito Federal, o saldo líquido do emprego ficou positivo em 3.085 vagas. No ano, foram 19.826 oportunidades abertas.

Saldo líquido

Oportunidades com carteira assinada aumentam sem parar

Meses - Total de vagas

Maio/03 - 140.313

Maio/04 - 291.822

Maio/05 - 212.450

Maio/06 - 198.837

Maio/07 - 212.217

Maio/08 - 202.984

Maio/09 - 131.557

Maio/10 - 298.041

Fonte: Caged/Ministério do Trabalho

Sem precedentes

Nunca se criou tantos empregos de janeiro a maio

Períodos - Total de postos

Jan-mai/03 - 435.112

Jan-mai/04 - 826.761

Jan-mai/05 - 770.767

Jan-mai/06 - 768.343

Jan-mai/07 - 913.836

Jan-mai/08 - 1.051.946

Jan-mai/09 - 180.011