Auditores-Fiscais do Trabalho de Goiás iniciaram, no dia 27 de abril, uma ação de fiscalização das condições de trabalho dos condutores de ambulâncias. Segundo a coordenadora da operação, Jacqueline Carrijo, essa é a primeira fiscalização do Brasil voltada exclusivamente para o setor de ambulâncias e, portanto, inédita e inovadora, que deverá criar referência para ser realizada em outros locais que, certamente, apresentam problemas semelhantes. Ela informou que o Sindicato dos Condutores de Ambulância de Goiás – Sindibambulância apresentou várias denúncias que levaram à organização da ação fiscal.
O primeiro estabelecimento a ser fiscalizado foi o Hospital Materno Infantil, em Goiânia. A ação prosseguirá pelas próximas três semanas, em parceria com outras instituições ligadas ao setor de saúde. Já foram interditados veículos e suspensos serviços.
Vários problemas envolvem a biossegurança no setor. Os veículos não têm higienização adequada, uma vez que são lavados locais que não fazem a esterilização necessária. O Sindicato denuncia, também, que há motoristas que não fazem o curso específico para trabalhar no setor, entre outras irregularidades.
Segundo o presidente do Sindiambulância, Márcio Linhares, os veículos devem ser trocados a cada três anos, mas isso não vem acontecendo desde 2010, razão pela qual os veículos estão “fadigados” e estão passando mais tempo em oficinas do que no atendimento aos doentes. Outro problema é que, em muitos casos, os motoristas transportam os pacientes sem a presença de profissionais do setor de saúde. Muitos condutores cumprem jornada de 24 x 72 horas, o que é considerada jornada exaustiva para um motorista.
Veja duas reportagens exibidas sobre a fiscalização.