Vitória! Antério Mânica, acusado de ser mandante da Chacina de Unaí, foi condenado a 100 anos de prisão na noite de 5 de novembro, em Belo Horizonte (MG). O Conselho de Sentença, formado por seis mulheres e um homem, considerou o réu culpado pelos assassinatos dos Auditores-Fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e do motorista Ailton Pereira de Oliveira, em 28 de janeiro de 2004.
O julgamento durou dois dias. O juiz Murilo Fernandes estendeu os trabalhos até mais tarde no primeiro dia para concluir a oitiva das 22 testemunhas de acusação e defesa.
O segundo dia começou com a apresentação de vídeos e leituras de peças para o júri. Antério Mânica foi interrogado e procurou desqualificar os depoimentos das testemunhas, inclusive do Auditor-Fiscal do Trabalho Afrânio Soares. Foi irônico e fez provocações à procuradora federal Miriam Lima, autora da denúncia à Justiça Federal. Ele disse que foi um “equívoco” do Ministério Público.
Na sustentação oral o procurador Hebert Mesquita e o advogado das famílias, Antônio Patente, demonstraram aos jurados um conjunto de indícios e provas que apontaram Antério Mânica como o cérebro do crime. Já a defesa, continuou na linha de desqualificar depoimentos e provas. O tempo todo, Mânica e seu advogado Marcelo Leonardo negaram qualquer envolvimento dele na Chacina de Unaí.
Mas não adiantou. O Conselho de Sentença conseguiu perceber a ligação de Antério com os demais envolvidos no crime e o condenaram. A pena foi idêntica à de seu irmão Norberto Mânica, também condenado por ser mandante.
Aguarde a cobertura completa do segundo dia do julgamento e da condenação.