O operador de máquinas Carlos Israel dos Santos Souza, uma das vítimas da explosão na estufa do setor de secagem de medicamentos da fábrica Cimed, em Pouso Alegre/MG, não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada de 22 de outubro. O enterro foi na tarde desta quarta-feira, em Pouso Alegre.
Carlos Israel teve queimaduras em 90% do corpo e morreu por volta da meia-noite. Ele estava na empresa há cerca de um ano.
Já as outras vítimas, Jalber Mendes das Chagas, que sofreu um corte profundo na cabeça, e Gilmar Pereira de Oliveira, que inalou muita fumaça, seguem internados na UTI do hospital e não correm risco de morte.
A explosão na estufa do setor de secagem de medicamentos da Cimed aconteceu por volta das 6 horas desta terça-feira, 21. No momento, 150 empregados estavam no local do incidente. Cogitou-se que a explosão teria sido provocada por um curto-circuito no ar condicionado, mas a possibilidade foi descartada pela empresa.
A Cimed é uma fabricante de medicamentos e cosméticos. Na unidade de Pouso Alegre trabalham cerca de 1,2 mil pessoas divididas em 10 prédios. A unidade também tem uma creche para atender os filhos dos empregados, mas nenhuma criança ficou ferida.
No fim desta terça, a Cimed voltou à atividade. Apenas o setor onde ocorreu a explosão permanece interditado.
Investigação
Na segunda-feira, 27 de outubro, Auditores-Fiscais do Trabalho de Pouso Alegre vão iniciar a análise do Acidente de Trabalho, para verificar as circunstâncias que levaram ao incidente. O laudo técnico da fiscalização trabalhista sai em 60 dias.
De acordo com a Polícia Civil, há indícios de que a explosão foi ocasionada devido ao aumento da pressão no espaço onde ficava a estufa. Os policiais tentam descobrir o que pode ter provocado o problema. O laudo da perícia sai em até 30 dias.
Com informações da SRTE/MG e do G1.