CE - Fiscalização do Trabalho interdita subestação de água após morte de trabalhador


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
20/11/2020



Por Andrea Bochi, com informações da SRT/CE


Edição: Nilza Murari


O Auditor-Fiscal do Trabalho Franklin Rabêlo interditou a Subestação Elevatória Timbauba, da Companhia de Água e Esgoto do Ceará – Cagece, em Juazeiro do Norte, após constatar graves irregularidades, que levaram à morte o operário, Herbert Keines Silva Sales, de 26 anos, por eletrocussão. O empregado tinha sido escalado no dia do acidente para realizar a inspeção na subestação Timbauba.


Segundo o Auditor-Fiscal do Trabalho, o operário que morreu enquanto trabalhava durante a madrugada. Foi vítima da falta de cumprimento de normas de segurança. “As instalações elétricas não observavam a Norma Regulamentadora nº 10, que prevê medidas de segurança para o exercício de atividades de grave risco, como a desempenhada pelo operário”.


O trabalhador era terceirizado e estava escalado para o plantão. Segundo as informações colhidas, ele fazia a limpeza de uma cisterna situada em um poço quando foi até à casa de força e recebeu a descarga elétrica. Uma ambulância esteve no local, mas os profissionais de saúde apenas constataram o óbito.


As irregularidades, segundo Franklin Rabêlo, colocavam em risco os trabalhadores que realizam tarefas na subestação Timbauba e era alta a probabilidade de acidentes graves. Ele explicou que o risco a que estava exposto o empregado era considerado, de acordo com a tabela de risco, como intolerável.


A NR 10 prevê que os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, para que essa atividade ocorra com segurança.


Franklin comenta que “casos fatais como este poderiam ser evitados com a realização de fiscalizações periódicas e preventivas. Porém, o número exíguo de Auditores-Fiscais do Trabalho em todo o País torna impossível a prevenção e mortes precoces por negligências na segurança dos trabalhadores. Além disso, o atual governo está alterando e reduzindo o alcance das NRs de Saúde e Segurança, que evitam abusos e o descaso com a vida dos trabalhadores brasileiros”.


A interdição será mantida até que as exigências de segurança sejam cumpridas

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