O concurso com apenas 100 vagas para o cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho realizado no domingo, 8 de setembro, teve 48.035 inscritos e 40.77% de abstenção. Os estados com maior número de candidatos faltosos foram Mato Grosso, Goiás, Amazonas e o Distrito Federal.
O coordenador–Geral de Recursos Humanos do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, Luiz Eduardo Lemos da Conceição, avaliou que o feriado de 7 de setembro pode ter contribuído para a baixa no número dos candidatos que compareceram às provas, mas o MTE ainda não recebeu as informações do Cespe, o realizador do concurso, sobre os motivos que levaram ao alto índice de absenteísmo.
As provas do domingo foram as objetivas e foram feitas pela manhã e tarde, com duração de três horas e meia e tiveram caráter eliminatório e classificatório.
Já as avaliações discursivas ocorrerão em 6 de outubro, nos turnos da manhã e tarde, com duração de quatro horas e também serão de caráter eliminatório e classificatório.
A previsão do MTE é homologar o certame até o dia 14 de dezembro. Depois desta data, os aprovados saberão, onde serão lotados. As lotações serão por ordem de classificação no concurso.
As localidades ainda não foram divulgadas pelo MTE e a abertura das vagas vai depender das vagas surgidas pelo concurso interno de remoção e das já existentes. A intenção da CGRH é nomear os aprovados nas localidades que mais sofreram baixas no quadro de fiscalização no período de dezembro de 2011 até a presente data.
A distribuição das vagas entre as unidades administrativas do MTE poderá recair sobre as Gerências Regionais do Trabalho e Emprego (GRTE) ou Sedes das Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE).
O Sinait trabalha para que o certame tenha o aproveitamento máximo permitido em lei, uma vez que existem mais de 800 cargos vagos na carreira de Auditoria Fiscal do Trabalho e a necessidade de contratar mais 5 mil profissionais para a área da fiscalização trabalhista, conforme apontado por um estudo do Ipea.
De acordo com a presidente do Sinait, Rosângela Rassy, o Sindicato Nacional vai continuar pressionando o governo para que haja mais regularidade na realização de concursos.