Campo Grande: GMAI constata falhas na segurança de grandes obras

Grupo Móvel para grandes obras de infraestrutura e Auditores-Fiscais do Trabalho do Mato Grosso do Sul realizaram fiscalizações em obras de grandes condomínios e do Aquário Pantanal


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
23/05/2013



Grupo Móvel para grandes obras de infraestrutura e Auditores-Fiscais do Trabalho do Mato Grosso do Sul realizaram fiscalizações em obras de grandes condomínios e do Aquário Pantanal: todas as obras sofreram interdições e embargos por irregularidades na segurança


O Grupo Móvel de Auditoria de Condições de Trabalho em Obras de Infraestrutura – GMAI, em conjunto com os Auditores-Fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Mato Grosso do Sul – SRTE/MS, fiscalizaram cinco obras na capital, Campo Grande, com o objetivo de verificar as condições de trabalho nas grandes construções da cidade. A operação começou no dia 13 de maio e segue até amanhã, quinta-feira, 23, com a verificação de documentos e elaboração de relatórios.


Durante a operação, as equipes vistoriaram as obras do Vitalitá Condomínio Club, os canteiros dos edifícios em construção Bela Vista, Castelo San Marino e Varandas Bela Vista, além do Aquário Pantanal, em que detectaram diversas irregularidades, que resultaram em embargos de áreas e interdições de equipamentos.


Falhas na segurança


No Vitalitá Condomínio Club, as equipes de Auditores-Fiscais interditaram quatro elevadores a cabo, por falta de teste de freio de emergência – o elevador abria as cancelas mesmo não estando a cabine no nível do pavimento. Observaram também a ausência de termo de entrega técnica, caracterizado pela falta de proteção entre o carretel do guincho e a polia. Dois dos elevadores, tipo cremalheira, foram interditados por falta de teste de freio de emergência e carência da última seção da cremalheira invertida. Na obra, foram embargadas as atividades nos últimos pavimentos por falta de proteção coletiva contra queda.


Na construção do edifício Bela Vista, as equipes interditaram cinco elevadores estilo cremalheira, por falta de freio de emergência e ausência de cancela no recinto da base. Houve também o embargo das atividades nos últimos pavimentos em virtude da falta de proteção coletiva contra queda.


No canteiro da obras do edifício Varandas Bela Vista houve a interdição de dois elevadores tipo cremalheira, que permitiam a movimentação da cabine mesmo com as cancelas dos pavimentos abertas. Foi ainda interditada uma betoneira por falta de proteção das transmissões de força. A obra também sofreu embargo das atividades nos últimos pavimentos por falta de proteção coletiva contra queda e pelas aberturas nos pisos.


Na obra do edifício Castelo San Marino houve a interdição da central de concreto por falta de proteção das partes móveis. Os Auditores-Fiscais constataram que os trabalhadores transitavam por baixo da esteira com risco de queda de material. Além disso, observaram problemas nas instalações elétricas.


No canteiro do Aquário Pantanal, os Auditores-Fiscais embargaram a obra por falta de proteção coletiva contra quedas, ausência de fechamento de aberturas nos pisos e, ainda, falta de isolamento das escavações. Houve também a interdição da grua automontante instalada em desconformidade com as especificações do fabricante. Segundo as equipes, carecia ainda de “plano de cargas” e falta de isolamento da área da base na região de movimentação do chassi móvel.


Segundo os Auditores-Fiscais, as irregularidades detectadas descumprem as Normas Regulamentadoras nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, nº 18 – Condições e Meio Ambiente na Indústria da Construção e nº 35 – Trabalho em Altura.


Projetos ruins


Para o coordenador do GMAI, Kleber Silva, as condições de segurança nas obras estavam ruins, principalmente, por falta de projetos de proteção coletiva e a correta elaboração e implementação do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT. “Nós trabalhamos juntos e agora os Auditores-Fiscais de Mato Grosso do Sul darão continuidade às fiscalizações dos demais empreendimentos no Estado”.


Além disso, o coordenador Kleber afirmou que há nas operações uma grande preocupação com as gestões dos programas de segurança e saúde do trabalho. “Se os programas fossem melhor elaborados e implementados, as condições de saúde e segurança seriam melhores nos canteiros de obras pelo país”.

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