O Projeto de Lei do Senado – PLS 121/2009, do senador Inácio Arruda (PCdoB/CE), prevê alterações nos artigos 117 e 132 da Lei 8.112/90, para incluir entre o assédio moral entre as condutas vedadas aos servidores públicos e punir com a demissão quem praticar o crime. O projeto está pronto para ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – CCJ e tem caráter terminativo.
O assédio moral é, geralmente, praticado por quem detém cargos de chefia e usa de sua posição para impor humilhações, públicas ou não, a seus subordinados. As consequências do assédio moral são terríveis para as vítimas, que podem desenvolver uma série de doenças como depressão e síndrome do pânico, e até chegar a atos irreversíveis, como o suicídio. Muitas pessoas se afastam definitiva e precocemente do trabalho. Os casos acontecem tanto no ambiente público como privado.
Veja mais detalhes do projeto na matéria da Agência Senado:
15-3-2013 – Agência Senado
Assédio moral pode resultar em demissão de funcionários públicos
Paola Lima
Funcionário público que praticar assédio moral contra seus subordinados poderá ser demitido por justa causa. É o que propõe o Projeto de Lei do Senado 121/2009, um dos itens da pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para esta quarta-feira (20). O projeto inclui o assédio moral entre as condutas vedadas aos servidores públicos, listadas no artigo 117 da lei que dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais (Lei 8.112/90). No artigo 132 desta lei, o projeto inclui a penalidade de demissão ao servidor que infringir a regra de vedação à prática do assédio moral.
Pelo texto, que será votado em decisão terminativa na CCJ, fica proibido coagir moralmente subordinado, através de atos ou expressões reiteradas com intenção de “atingir a sua dignidade ou criar condições de trabalho humilhantes ou degradantes, abusando da autoridade conferida pela posição hierárquica”.
Para o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), autor do projeto, o assédio ou coação moral, além de constranger, desestabiliza o empregado durante sua permanência no ambiente de trabalho, forçando-o muitas vezes a desistir do emprego. O relator da proposta na CCJ, senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), deu parecer favorável à aprovação, com apenas uma emenda de redação. O relator alterou a ementa do projeto de forma a detalhá-la melhor.
A reunião da CCJ está marcada para 10h, na sala 3 da Ala Alexandre Costa.