Pará: Operário morre ao cair de torre durante manutenção


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
28/02/2013



O empregado que prestava serviço para a empresa de telefonia Vivo, Fábio Gleison do Nascimento, de 28 anos, morreu ao cair do 16º andar da torre de transmissão da Fundação Nazaré, na tarde desta segunda-feira (25), em Belém/PA. A torre tem 100 metros e 20 andares e é locada para diversas empresas, como as do ramo de telefonia. 


O operário fazia trabalhos de manutenção na rede da Vivo e caiu do 16º andar até o 2º. A polícia investiga se ele usava equipamento de segurança no momento do acidente. Segundo a Polícia Civil, o laudo pericial vai apurar a questão do acidente em si, o que gerou a morte e, a partir disso tomar as medidas legais. O prazo para entrega do laudo necroscópico é de dez dias úteis e pode ser prorrogado por mais 10 dias.

 

Em nota, a empresa Vivo informou, somente, que o empregado  é terceirizado e que acompanhará o caso.

 

Também em nota enviada à imprensa, a Fundação Nazaré de Comunicação informou que a vítima seria da empresa Constrói Telecom, e afirmou que se coloca à disposição das instâncias competentes para os esclarecimentos, lamenta a tragédia e se solidariza com os familiares e amigos de Fábio Gleison do Nascimento.

 

O crescimento vertiginoso de acidentes com trabalhadores terceirizados e a forma como ocorre a terceirização de serviços é preocupante. Os setores de eletricidade, construção civil e telefonia são os recordistas em acidentes envolvendo terceirizados, inclusive com mortes.  A atuação da fiscalização trabalhista tem constatado que o trabalho nesses setores é muito perigoso e praticamente não há treinamento para os terceirizados, como exige a Norma Regulamentadora nº 10, que trata da Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.

 

Dados recentes do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – Dieese informam que a taxa de mortalidade entre terceirizados chega a ser três vezes superior à dos empregados contratados diretamente pelas empresas tomadoras de serviços.

 

Em 2011, somente no setor elétrico, foram contabilizados 79 acidentes fatais. Na justiça trabalhista os processos relacionados a acidentes envolvendo terceirizados aumentam em quantidade e gravidade tornando desproporcional o dano causado aos terceirizados comparado aos empregados efetivos.

 

Para os Auditores-Fiscais do Trabalho o problema é grave e precisa ser enfrentado com ações de fortalecimento da Inspeção trabalhista e medidas de prevenção, do contrário, mais vidas serão ceifadas, elevando as estatísticas e fazendo com que a Justiça do Trabalho continue abarrotada de processos.

 

Com informações  do G1 e O Liberal.

Categorias


Versão para impressão




Assine nossa lista de transmissão para receber notícias de interesse da categoria.