13-12-2012 - Sinait
Acidentes com operários da construção civil que trabalhavam em altura por sorte não acabam em tragédias. Em ambos os acidentes noticiados abaixo os trabalhadores não utilizavam os Equipamentos de Proteção Individual – EPIs obrigatórios para esse tipo de atividade, conforme prevê a Norma Regulamentadora – NR 35.
Em 2012, apenas no setor da construção civil, foram realizadas cerca de 30 mil ações fiscais durante as quais foram lavrados 35 mil autos de infração e aproximadamente 500 acidentes foram analisados. O setor é o líder em autuações e ocorrência de acidentes.
Em um dos acidentes, os operários estavam presos a cintos de segurança que arrebentaram com a queda da bandeja de sustentação que eles montavam. Os dois trabalhadores sobreviveram porque o acidente ocorreu quando eles estavam trabalhando no segundo andar do prédio.
A NR 35 determina que os EPIs devem ser especificados e selecionados considerando a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda. A Norma especifica ainda que na aquisição dos mesmos devem ser feitas inspeções e, caso apresentem defeitos ou deformações, o equipamento deve ser recusado.
No acidente ocorrido em Ribeirão Preto (SP), os bombeiros informaram que o pedreiro que despencou de um andaime não utilizava os EPIs recomendados, os quais evitariam o acidente.
Diante da frequente ocorrência de acidentes, o Sinait volta a lembrar da importância no investimento em prevenção. Além disso, a necessidade crescente por segurança e saúde do trabalhador exige a realização de concursos públicos para o cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho e a melhoria das condições de trabalho.
Leia as notícias:
11-12-2012 – G1 SE
Operários despencam a 6 m de altura em construção de SE
Aracaju/SE- Dois operários que trabalham na construção de um prédio no Bairro Jardins, em Aracaju (SE), caíram de uma altura de seis metros por volta da 9h desta terça-feira (11). O acidente aconteceu enquanto eles estavam montando uma espécie de bandeja que sustenta os trabalhadores que fazem o revestimento da varanda dos apartamentos.
A estrutura se soltou de um lado e os cintos de segurança que deveriam deixar os carpinteiros suspensos até o resgate romperam. O carpinteiro José Marcos Carneiro, de cerca de 40 anos, deslocou o punho direito e teve ferimentos leves por todo o corpo. Ele ficou consciente durante todo o atendimento médico e reclamava de muita dor na região lombar, pois caiu de pé.
José Paulo Santos, 59 anos, também caiu da estrutura que estava na altura do playground. Ele estava bastante nervoso com o susto e disse que estava sentindo muita dor no ombro. Os dois receberam os primeiros cuidados da técnica em segurança do trabalho, Valdenora Andrade, que estava na obra.
"Eles estão bem, na medida do possível. Por sorte eles estavam no primeiro andar", afirma a técnica. Ela os acompanhou até o hospital onde estão sendo submetidos a exames. Dois socorristas em motolâncias chegaram ao local pouco tempo depois do acidente e em seguida a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Segundo o engenheiro de segurança da construtora Celi, Max Lima, o equipamento é feito para suportar 100 kg e nenhum dos dois operários tem esse peso. "Vamos encaminhar os cintos que se romperam para análise para identificar o que houve, pois esse tipo de coisa não deveria ter acontecido e ainda mais dessa forma, quando os cintos dos dois rasgaram. A empresa se preocupa com a integridade física dos seus colaboradores", explica.
11-12-2012 – G1 Ribeirão Preto e Franca
Pedreiro cai de andaime em Ribeirão sem itens de segurança, diz bombeiro
Ribeirão Preto/SP- Um pedreiro de 23 anos caiu de cima de uma construção em que trabalhava no bairro Monte Alegre, em Ribeirão Preto (SP), na tarde desta segunda-feira (10). De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a vítima despencou de um andaime a uma altura de cinco metros e não usava equipamentos de proteção como capacete, corda e trava-queda.
"Quando nós chegamos, ele não utilizava equipamento de segurança. (...) Se estivesse usando evitaria o acidente", afirmou o cabo Rodrigo Martins de Almeida, um dos primeiros a chegar ao galpão em obras no cruzamento das ruas Coronel Camisão e Aquidauana.
Segundo os bombeiros, o pedreiro teve um corte na cabeça e foi levado para atendimento médico na Unidade Básica Distrital de Saúde do Sumarezinho. Ele não corre risco de vida, segundo Martins. "A vítima já estava no chão, sentido dores nos membros superiores e com escoriações pelo corpo", disse.
Encontrado no galpão pela reportagem, o proprietário não quis falar sobre a ocorrência.