Terceirização precariza direitos de trabalhadores


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
19/03/2012



Revista Caros Amigos trouxe reportagem sobre a precarização dos direitos dos trabalhadores terceirizados que, segundo pesquisa do Dieese, cumprem jornada de trabalho maior, sofrem mais acidentes de trabalho e permanecem menos tempo no emprego 


O avanço da terceirização em detrimento aos direitos trabalhistas é tema de matéria publicada pela Revista Caros Amigos, edição do mês de fevereiro.  

 

Apesar de as estatísticas de 2011 projetarem um cenário positivo para o mercado de trabalho no Brasil a matéria critica a situação de milhares de trabalhadores brasileiros empregados, mas em condições degradantes devido à terceirização. 

 

Segundo pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese em 2011, a geração de empregos no Brasil veio acompanhada de um crescente processo de precarização dos direitos trabalhistas decorrentes da terceirização. A pesquisa aponta que 25% dos empregados formais são terceirizados e deveriam atuar nas atividades de limpeza, alimentação e segurança. Mas muitas atividades-fim estão sendo terceirizadas. 

 

Para alguns estudiosos a terceirização ou subcontratação é uma forma que as empresas têm de lucrar. A pesquisa do Dieese aponta que em 2010 os trabalhadores terceirizados receberam um salário 27,1% menor que os contratados diretamente e também que trabalham 43 horas ante as 40 dos diretamente contratados. 

 

Eles têm menos direitos trabalhistas. Enquanto os diretamente contratados têm acesso a plano de saúde, vale-refeição e vale-transporte, entre outros, o terceirizado tem apenas parte ou nenhum desses direitos.

 

A pesquisa aponta ainda que o número de acidentes de trabalho é muito maior entre os terceirizados, e que o tempo de permanência no emprego é bem inferior ao do trabalhador diretamente contratado. 

 

A matéria também cita como exemplo o caso da Zara, que “quarteirizou” sua produção e acabou sendo flagrada por Auditores-Fiscais do Trabalho na prática de trabalho degradante feito por estrangeiros em sua linha de produção. A empresa foi penalizada com o pagamento de multa que está sendo utilizada para combater o trabalho escravo contra os migrantes.

 

Clique aqui para ler a íntegra da reportagem da Caros Amigos.

Categorias


Versão para impressão




Assine nossa lista de transmissão para receber notícias de interesse da categoria.