Aumenta inclusão das mulheres no mercado de trabalho brasileiro


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
08/03/2012



A participação da mão de obra feminina no mercado brasileiro cresceu 22% em 30 anos, ante 16% da América Latina e 2% do mundo. Os dados são do relatório Igualdade de Gênero e Desenvolvimento, apresentado na terça-feira, 6 de março,  pelo Banco Mundial na Câmara dos Deputados, em homenagem ao Dia da Mulher. 


Para economistas, a inclusão das mulheres é reflexo do crescimento pelo qual o Brasil passou nos últimos anos, com melhor distribuição de renda. Mas eles acreditam que, apesar das melhorias, é preciso acelerar a redução das diferenças salariais entre homens e mulheres. 

 

No geral, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ganham, em média, 72% do que recebem a mão de obra masculina. 

 

Mulheres na construção civil – No Centro-Oeste ainserção de mulheres no mercado de trabalho está sendo estimulada por meio de programas específicos de incentivo ao trabalho na construção civil. No dia 29 de fevereiro foi lançado, no Distrito Federal, o programa Mulheres na Construção, que tem o objetivo de capacitar 440 mulheres do DF e Entorno. Elas terão aulas de cidadania, direitos da mulher, do trabalho, economia solidária e empreendedorismo, além de matemática, português aplicado e conhecimentos técnicos de azulejista e pintora de obras. As aulas para a primeira turma, com 240 vagas, começam no dia 2 de abril.

 

O Mulheres na Construção é promovido pela Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), órgão vinculado ao  Ministério da Integração Nacional. Para realizá-lo estão sendo investidos pela Sudeco cerca de R$ 1,1 milhão. Os cursos serão ministrados pelo Instituto Federal de Brasília (IFB).



Também no DF serão realizadas ações de incentivo no Qualificopa, programa de qualificação profissional voltado para a Copa do Mundo de 2014, e outros cursos profissionalizantes em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). 

 

Mais detalhes nas matérias abaixo. 

 

País lidera inclusão de mulheres no trabalho 

 

Correio Braziliense - 06/03/2012 

 

Participação da mão de obra feminina no mercado cresce 22% em 30 anos, ante 16% da América Latina e 2% do mundo 

 

O Brasil foi o país da América Latina que mais incluiu mulheres no mercado de trabalho nos últimos 30 anos. Os dados fazem parte do relatório Igualdade de Gênero e Desenvolvimento, que será apresentado hoje pelo Banco Mundial na Câmara dos Deputados, em homenagem ao Dia da Mulher. Pelo documento, a inserção feminina entre a mão de obra empregada deu um salto de 22% ante os 16 das nações vizinhas. No mundo, a média foi de apenas 2%. 

 

Segundo Roberto Piscitelli, professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB), a inclusão das mulheres é reflexo do crescimento pelo qual o Brasil passou nos últimos anos, com melhor distribuição de renda, ao mesmo tempo que houve desaceleração da atividade nos países europeus — muitos, inclusive, estão em recessão. "O crescimento econômico criou oportunidades. Hoje, o quadro que se vê, para alguns economistas, é de pleno emprego. As mulheres não só têm ocupado seu espaço, como começam a ser requisitadas para uma variedade maior de ocupações, com salários em alta", disse.

 

Ele ressaltou, porém, que, apesar das melhorias, é preciso acelerar a redução das diferenças salariais entre homens e mulheres. Dados do Departamento Intersindical de Estudos Sócioeconômicos (Dieese) revelam quem 33% dos homens empregados ganham até um salário mínimo. Entre as mulheres, o índice é de 48,7%. No geral, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas ganham, na média, 72% do que recebem a mão de obra masculina. "Ainda há muitas mulheres atuando na informalidade, boa parte delas como domésticas. Precisamos corrigir isso rapidamente", afirmou. 

 

De qualquer forma, destacou Piscitelli, é preciso comemorar o resultado apresentado pela América Latina, que ampliou a força de trabalho feminina acima da média mundial. "Esse avanço acaba por gerar mudanças culturais, como assegurar maior participação delas na política. Vemos, na América Latina, ascensão de mulheres à Presidência da República: Brasil, Argentina, México. É um bom sinal", assinalou.

 

Mulheres na Construção



A Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), órgão vinculado ao  Ministério da Integração Nacional, apresenta o projeto Mulheres na Construção. Para realizá-lo estão sendo investidos pela Sudeco cerca de R$ 1,1 milhão. Os cursos serão ministrados pelo Instituto Federal de Brasília (IFB), que é parceiro na sua realização.



O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) deverá buscar a inserção dos alunos formados no mercado de trabalho por meio de contrato temporário e em caráter experimental. O Programa também tem o apoio da Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal.



Na primeira etapa, o Programa Mulheres na Construção visa à capacitação técnica de 440 pessoas na construção civil, na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno. No decorrer do curso, cada participante receberá uma Bolsa de Estudos no valor de R$ 200,00/mês do IFB para custear suas despesas com deslocamento e alimentação.

 

Serão disponibilizadas 200 vagas para o primeiro semestre de 2012 e 240 vagas para o segundo semestre de 2012, sendo 40 destinadas ao cursos realizados pela unidade móvel em Águas Lindas de Goiás.



Confira a seguir a distribuição dos cursos:

 































Nome do Curso


Nº de Turmas no 1º semestre de 2012


Nº de Turmas no 2º semestre de 2012


Azulejista


2


2 em Samambaia


3


2 em Samambaia e 1 em Águas Lindas (GO)


Pintor


3


3 em Samambaia


3


2 em Samambaia e 1 em Águas Lindas (GO)


Totais


5


5 em Samambaia


6


4 em Samambaia e 2 em Águas Lindas (GO)


O Endereço do Campus de samambaia é QN 304, Conjunto 01, Lote 02 Samambaia/DF

 

Você pode baixar a ficha de inscrição e um questionário, mas para efetuar a inscrição você deve preenchê-los e comparecer a um dos postos relacionados aqui:

 

Centro de Referência de Atendimento à Mulher - SAIN | Sobreloja - Ala Sul (Antiga Rodoferroviária), Das 8h as 18h | Telefone: (61) 3901-7098;

 

Rodoviária do Plano Piloto - Plataforma inferior, Das 9h as 12h e das 14h as 17h de segunda à sexta. 

 

Mais informações: 

(61) 3414-0160 / 3414-0168 / 2103-2330

 


 

Os três eixos do curso são: Eixo Humanístico, com carga horária de 20 horas, visando aprimorar a formação educacional do aluno; Instrumental, com 40 horas, tendo como objetivo a formação teórica do curso; e, por fim, o Eixo Técnico, com carga horária de 140 horas, visa à formação prática do curso.



Período para inscrições das primeiras turmas: de 1 a 15 de março.

Início das aulas: 2 de abril



Perguntas e respostas



O que é o programa?



O Programa Mulheres na Construção é uma proposta para qualificação de pessoas, prioritariamente mulheres, e beneficiários de programas sociais de transferência de renda.



Quais são os cursos oferecidos pelo programa?



Na primeira edição do programa, serão oferecidas 5 turmas, sendo 3 para pintor(a) de obras e 2 para azulejista, cada turma com 40 vagas, totalizando 200 participantes.  No segundo semestre, serão oferecidas mais 240 vagas, totalizando 440. Todos os cursos serão ministrados pelo IFB.



Como será a oferta dos cursos?



Os cursos terão 204 horas de duração e acontecerão 3 dias por semana, com início previsto para o dia 2 de abril de 2012. Nesta primeira etapa, as aulas acontecerão no Instituto Federal de Brasília (IFB) - Campus Samambaia, localizado na QN 304 Conjunto 01 Lote 2 -  Samambaia Sul (em frente à Diretoria Regional de Ensino de Samambaia). O quadro abaixo apresenta os horários das aulas para cada uma das turmas:

 


















































Curso


Turma


Vagas






Dia das aulas






Horário das

aulas


Período de realização

(previsto)


Azulejista


A


40


Segunda,

quarta e sexta-feira

(3 vezes)

por semana)


8h as 12h30


De 02/04/12 a

31/07/12

(17 semanas)


B


40


14h as 18h30


Pintor de obras


C


40


8h as 12h30


D


40


8h as 12h30


E


40


14h as 18h30


Total de vagas


 


200


 


 


 


 

Tenho que pagar para fazer o curso?



Os cursos são totalmente gratuitos. Cada estudante receberá, ainda, o material didático, uma camiseta do programa e um kit com ferramentas. Além disso, terá direito ao passe livre, para ir e voltar para a escola de graça, de ônibus ou metrô (só para os estudantes que moram no DF). Cada participante também irá receber uma bolsa de assistência estudantil no valor de R$ 200,00 (duzentos reais) por mês, caso frequente as aulas regularmente.



O que vou aprender no curso?



A qualificação profissional é um dos caminhos para a autonomia econômica das mulheres, a igualdade no mundo do trabalho e a inclusão social. No setor da Construção Civil, estes valores assumem significado ainda maior, pois este é um território novo para a maioria das mulheres e que será desbravado, no Distrito Federal e no Entorno, pelas mulheres do Programa Mulheres na Construção.

O diferencial dos cursos é que eles vão além do ensinamento da parte técnica, ofertando noções de cidadania e direitos da mulher, direitos do trabalho, economia solidária  e empreendedorismo, além de matemática e português aplicados, bem como os conhecimento relacionados à formação profissional de azulejista e pintor(a) de obras.



O que faz um azulejista?



O azulejista é o profissional da Construção Civil que executa revestimentos em paredes, pisos, muros e outras partes de edificações com ladrilhos, pastilhas, cerâmicas ou material similar, obedecendo às prescrições das normas técnicas e de segurança no trabalho e adotando práticas ambientalmente corretas. Pode trabalhar em obras novas ou em reformas.



O curso será certificado?



Ao final do curso, o estudante que demonstrar aproveitamento e tiver frequentado mais de 76% das aulas recebe um Certificado de Azulejista ou Pintor(a) de Obras.



Existem vagas no mercado para azulejista e pintora?



A Construção Civil está em um momento de crescimento e com muita carência de mão de obra. Além disso, os alunos que concluírem os cursos com êxito poderão ser encaminhados para empresas associadas ao Sinduscon-DF, que poderão ser contratados por meio de contrato temporário e em caráter experimental. Caso contratados, os alunos também poderão usufruir dos benefícios oferecidos pelo Serviço Social do Distrito Federal (Seconci-DF), que é o braço social da Construção Civil no DF. Quando efetivados, todos os trabalhadores terão direito a atendimento médico, odontológico, aulas de informática e alfabetização

 

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