7-2-2012 - Sinait
Relatório do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas - DESA indica que 24% dos trabalhadores pobres do mundo, 152 milhões de pessoas, são jovens. O documento intitulado “Emprego de Jovens: Perspectivas da Juventude na Busca de Trabalho Decente em Tempos de Mudança“, também apontou o problema do desemprego da população jovem no Oriente Médio e na África.
Jovens de todo o mundo estão preocupados com a falta de oportunidades de trabalho e pedem aumento do investimento nesta área, afirma o documento divulgado. Dos trabalhadores "não pobres", aqueles que ganham US$ 1,25 ou mais por dia, 18,6%, são jovens. De acordo com o documento, com o menor crescimento da economia global, a juventude tem enfrentado dificuldade para conseguir uma vaga de trabalho.
Entre os que estão empregados, muitos relataram enfrentar longa jornada de trabalho, instabilidade, poucas oportunidades para avançar na carreira, não ter benefícios de saúde e trabalhar na informalidade. Outros disseram que sequer conseguem emprego de meio período para custear os gastos com os estudos.
O relatório informa ainda que os jovens apostam na tecnologia da informação e no desenvolvimento sustentável (empregos verdes) como áreas que podem oferecer uma melhor condição de trabalho nos próximos anos.
Pela primeira vez as Nações Unidas ouviram jovens e representantes de organizações da sociedade civil por meio das mídias sociais para elaborar o Relatório Mundial da Juventude. Foram 1,1 mil opiniões, sugestões e recomendações recebidas durante quatro semanas, em outubro do ano passado.
Brasil
O Brasil tem apresentado taxa de desemprego abaixo dos países ricos e, pelo menos nas áreas metropolitanas, inferior à média mundial. Além disso, um jovem em busca de emprego encontrará uma oportunidade mais facilmente no Brasil do que nas grandes cidades europeias ou americanas.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho – OIT, há mais jovens desempregados nos Estados Unidos e na Europa que no Brasil. O problema aqui é que a qualidade dos empregos é baixa e o mercado nacional não consegue gerar maior produtividade, que começa a ser superada pelos chineses. Segundo a OIT, a qualidade dos trabalhos, salários e proteção social ainda são problemas que o Brasil precisa enfrentar.
A Fiscalização do Trabalho contribui para a inserção de jovens no mercado de trabalho exigindo que as empresas contratem menores aprendizes, a partir de 14 anos de idade, atendendo a legislação específica e celebrando contratos especiais. A lei que rege o trabalho de menores aprendizes é a Lei 10.097/2000, que alterou o artigo 428 da CLT.
Clique aqui para acessar o Relatório Mundial da Juventude, em inglês, produzido pela ONU. Este é o primeiro ano em que também é possível interagir e partilhar ideias pelo
site do relatório.
Mais informações nas matérias abaixo.
6-2-2012 – ONU do Brasil
ONU lança relatório sobre situação mundial dos jovens no mercado trabalho
Pela primeira vez, jovens de todo mundo contribuem, por meio de mídias sociais, na elaboração do Relatório Mundial da Juventude, nesta edição intitulado “Emprego de Jovens: Perspectivas da Juventude na Busca de Trabalho Decente em Tempos de Mudança“.
Jovens de todo o mundo estão preocupados com a falta de oportunidades de trabalho e pedem aumento do investimento nesta área, afirma o documento divulgado hoje (06/02) pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (DESA).
Na sequência da crise econômica, a taxa de desemprego global de juventude atingiu seu recorde histórico em 2009, quando cerca de 75,8 milhões de jovens ficaram desempregados. Nas desacelerações econômicas, jovens são muitas vezes os últimos contratados e os primeiros demitidos. Em 2010, a taxa de desemprego global de jovens era 12,6%, muito maior do que a taxa de desemprego mundial adulto de 4,8%.
Hoje, cerca de 152 milhões de trabalhadores jovens são de famílias que estão abaixo da linha da pobreza (vivem com menos de 1,25 dólar por dia), compreendendo 24% dos trabalhadores pobres do mundo.
A diferença de gênero afeta rapazes e moças: em 2010, a taxa de desemprego total dos jovens foi de 25,5% no Oriente Médio e 23,8% no Norte da África. O desemprego entre as moças nessas regiões foi particularmente alto, chegando a 39,4% no Oriente Médio e a 34,1% no Norte de África.
Em 2010, a taxa de desemprego global para jovens do sexo feminino foi de 12,9%, comparada com 12,5% para os homens jovens. Nas economias desenvolvidas, na União Europeia e no leste da Ásia, o homem jovem tem experimentado taxas de desemprego ligeiramente mais elevadas do que as mulheres jovens.
Para elaborar o relatório, a ONU contatou jovens e representantes de organizações de jovens que foram convidados a compartilhar, por meio de plataformas digitais e mídias sociais, suas opiniões, experiências e recomendações sobre a preparação para ingressar, como ter o acesso e como permanecer no mercado de trabalho. Foram recebidas aproximadamente 1,1 mil contribuições (incluindo fotos e vídeos) durante quatro semanas.
O relatório revela também que os jovens estão preocupados com a qualidade e a relevância de sua educação, como diz Amadou, um rapaz senegalês de 24 anos: “Hoje, deveria ser mais fácil encontrar um emprego porque nossa geração é mais educada, mas há uma inadequação entre a formação oferecida e as necessidades do mercado de trabalho.”
Outros assuntos de interesse incluem a vulnerabilidade do trabalho, a migração laboral, o atraso no casamento, bem como idade, sexo e discriminação racial.
Mas as oportunidades oferecidas pelos empregos verdes, novas tecnologias e empreendedorismo contribuem para proporcionar esperança para os jovens, que também salientam a necessidade de ser pró-ativo e manter uma visão positiva para encontrar empregos decentes, como diz o espanhol Leo, de 28 anos: “Precisamos inovar, arriscar, criar.”
Clique aqui para acessar o documento em inglês. Este é o primeiro ano em que também é possível interagir e partilhar ideias pelo site do relatório.
6-2-2012 – Agência Brasil
Jovens são quase 24% dos trabalhadores pobres do mundo, mostra a ONU
Os jovens são quase 24% dos trabalhadores pobres no mundo, somando 152 milhões de pessoas. É o que mostra relatório sobre a situação mundial dos jovens no mundo do trabalho feito pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas e divulgado nesta segunda-feira (6).
No caso dos trabalhadores não considerados pobres, ou seja os que vivem com mais de US$ 1,25 por dia, os jovens representam 18,6% do total. Com menor crescimento da economia global, a juventude tem enfrentado dificuldade para conseguir uma vaga de trabalho.
Mesmo entre os que têm emprego, muitos relataram enfrentar longa jornada de trabalho, instabilidade, poucas oportunidades para avançar na carreira, não ter benefícios de saúde e trabalham na informalidade. Por isso, não conquistam a independência financeira e nem conseguem complementar a renda familiar. Outros disseram que sequer conseguem emprego de meio período para custear os gastos com os estudos.
O documento também apontou o problema do desemprego da população jovem no Oriente Médio e na África. Em 2010, o número de jovens sem trabalho nessas duas regiões era de 25,5% no Oriente Médio e de 23,8% no Norte da África.
O relatório diz ainda que os jovens apostam na tecnologia da informação e desenvolvimento sustentável (empregos verdes) como áreas que oferecem uma melhor condição de trabalho nos próximos anos. Eles também pedem um sistema educacional de melhor qualidade e com facilidade de acesso e sugerem aos governos que implantem programas de estágios em grandes companhias privadas para a qualificação e inserção no mercado de trabalho.