Pesquisa revela que o excesso de jornada é um mal em expansão


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
05/01/2012



O excesso de jornada de trabalho é realidade para metade dos trabalhadores brasileiros, é o que revela pesquisa divulgada na Revista on line Época Negócios. De acordo com dados levantados no estudo, 43% dos profissionais brasileiros trabalham até onze horas por dia.


Este cenário contribui fortemente para as ocorrências de acidentes causados por sobrejornada de trabalho, decorrentes de exigüidade de tempo para repouso e refeição, fadiga, e outros motivos. Cerca de 50% deles são fatais.

 

O estudo indicou ainda que cerca de 46% dos brasileiros que estão empregados levam trabalho para finalizar em casa mais de três vezes por semana. No resto do mundo, este percentual cai para 43%. Os homens, segundo a pesquisa, têm quatro vezes mais chances de trabalharem 11 horas diárias do que as mulheres. Porém, as colaboradoras de pequenas empresas, geralmente, trabalham mais horas por dia do que aquelas que trabalham em grandes empresas.

 

A pressão por resultados foi uma das principais causas do aumento da carga horária, apontadas por entrevistados pela pesquisa. Outro fator levantado no estudo é o chamado trabalho remoto, fora da empresa, que estão mais propensos a levarem trabalho para casa, cerca de 59% deles.

 

Os Auditores-Fiscais do Trabalho buscam diariamente impedir que os abusos de jornada ocorram. Um exemplo disso é a idealização e a luta pela implantação do Registro Eletrônico de Ponto que evita as corriqueiras fraudes flagradas pela fiscalização em máquinas de ponto eletrônico comuns. O respeito à jornada de trabalho de oito horas, estabelecida na CLT, não beneficia somente o trabalhador, mas possibilita igualdade de condições de competição entre os empresários, decorrente de uma maior produção resultante de um trabalhador menos cansado, que passa a produzir mais, com menos chance de se acidentar. Para a empresa isso implica em ganhar um trabalhador mais atento, mais satisfeito e mais produtivo. 

 

15-11-2011 – Época Negócios – on line

Carreira / Pesquisa - Quase metade dos brasileiros trabalha até onze horas por dia

 

Pesquisa internacional aponta que, no resto do mundo, esse índice é de 38%

 

Mais da metade dos profissionais no Brasil trabalham além das oito horas por dia

Se você acha que tem trabalhado muito nos últimos tempos, saiba que não está sozinho. Uma pesquisa internacional mostrou que 43% dos profissionais no Brasil trabalham de nove a onze horas por dia. No restante do mundo esse percentual é de 38%.



O levantamento, feito pela multinacional inglesa Regus, mostrou que o famoso “horário comercial” (das 9h às 18h) está com os dias contados. Mais da metade dos profissionais no Brasil trabalham além das oito horas por dia e mais de 40% levam trabalho para concluir em casa regularmente.



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Outros resultados mostram que 17% dos profissionais no Brasil e 10% em outros países trabalham mais de onze horas por dia regularmente. Cerca de 46% dos brasileiros empregados levam trabalho para terminar em casa mais de três vezes por semana, contra 43% dos empregados no resto do mundo. Os profissionais do sexo masculino no país (20%) têm quatro vezes mais chances de trabalharem 11 horas diárias do que as mulheres (4%).

 


“As mulheres parecem estar menos propensas a trabalharem mais horas por dia, provavelmente porque há mais chances de trabalharem meio período. Por outro lado, colaboradoras de pequenas empresas geralmente trabalham mais horas por dia do que funcionárias de grandes corporações”, explica Guilherme Ribeiro, diretor geral da Regus no Brasil.



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A pressão por resultados foi o principal motivo apontado pelos entrevistados para o aumento do número de horas de trabalhados nos últimos anos. O movimento, segundo o estudo, seria reflexo da lenta recuperação da economia nos países desenvolvidos e, ao mesmo tempo, do rápido crescimento dos países emergentes.



Remotos

Mundialmente, os profissionais remotos estão mais propensos a trabalharem 11 horas por dia (14%) do que os funcionários em escritórios fixos (6%). Eles também levam trabalho para casa com mais frequência (59%) do que os profissionais com local de trabalho fixo (26%). Da mesma maneira, os profissionais remotos no Brasil (59%) levam trabalho para casa com mais frequência do que os funcionários com local de trabalho fixo (22%).

 

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“O estudo mostra que existe uma indefinição entre os limites do trabalho e a vida pessoal, em casa”, afirma Ribeiro. “No Brasil, onde o problema do estresse relacionado à pressão por resultados está crescendo, os efeitos a longo prazo disso podem prejudicar tanto a saúde do profissional como sua produtividade, já que os próprios funcionários exigem demais de si mesmos e ficam frustrados, depressivos e até mesmo fisicamente doentes.” Foram ouvidos no estudo 12.000 profissionais em 85 países.

 

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