Orçamento da União prevê mais de 111 mil vagas em 2012. MTE solicitou concurso com 541 vagas


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
03/01/2012



3-1-2012 - Sinait

 

O ano de 2012 será de oportunidades para quem quer ingressar no serviço público. Há previsão orçamentária para a criação de mais de 111 mil vagas nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, em parte voltadas para cargos comissionados. Os concursos serão abertos para preencher aposentadorias e substituir empregados terceirizados.

 

Segundo matéria publicada no dia 2 de janeiro, no jornal “Correio Braziliense”, há mais 60 mil vagas disponíveis entre concursos que já estão em andamento e os que ainda devem ser abertos.

 

Já o jornal “Folha de São Paulo”, em reportagem publicada na mesma data, informa que a proporção entre o índice populacional no Brasil e a quantidade de servidores públicos é menor do quem em países como a Suécia, segundo técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea. Aponta também que o Poder Executivo gasta 15% com cargos de confiança na folha de pessoal e destaca, na fala de especialistas, a necessidade de perfis profissionais mais técnicos e qualificados para os órgãos.

 

MTE

De acordo com o que o Sinait noticiou na semana passada, não há previsão para a realização de concurso público para preenchimento de vagas no Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Porém, o MTE enviou ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MP um pedido de concurso público para provimento de 541 vagas de Auditor-Fiscal do Trabalho, número aproximado do quantitativo de cargos vagos atualmente, mas que tende a aumentar face às aposentadorias em 2012.

 

Mais informações nas matérias abaixo.

 

2-1-2012 – Folha de São Paulo

Funcionalismo cresce 21% em dez anos

 

Aumento do número de servidores ativos da União supera o da população, que em igual período foi de 12,5%

Governo criou câmara para discutir melhorias na máquina pública, mas até agora há pouco resultado prático

 

FLÁVIA FOREQUE / DIMMI AMORA - de Brasília




Entre 2000 e 2010, enquanto a população brasileira cresceu 12,5%, o número de servidores ativos da União, descontados os militares, subiu num ritmo bem mais acelerado, 21,2%.

 

Assim que assumiu a Presidência, Dilma Rousseff criou uma câmara de gestão, presidida pelo empresário Jorge Gerdau, para discutir propostas para melhorar a eficiência da máquina pública, e não apenas aumentá-la. Até agora, entretanto, houve pouco resultado prático.

 

A própria presidente reconheceu recentemente, em conversa com jornalistas, a necessidade de um perfil mais profissional para os quadros do governo.

 

"A chegada de pessoas indicadas por partidos políticos ou grupos de interesse acaba prejudicando o funcionamento e a própria qualidade da administração pública", afirma José Matias-Pereira, professor de administração pública da UnB (Universidade de Brasília).

 

Para ele, o compromisso dos indicados políticos "é com as sustentações políticas que estão por trás deles", e não com a eficiência.

 

Hoje há 86 mil cargos de confiança no governo, em geral postos de chefia. Isso significa que para cada sete servidores, há um chefe. Esses cargos representam cerca de 15% do gasto com pessoal do Executivo.

Desses 86 mil cargos, 22 mil são os chamados DAS, nomeados livremente, sem qualquer tipo de seleção além do desígnio de quem tem o poder de nomear.

 

Em 2010, as despesas com pessoal dos três Poderes consumiram 12% de tudo o que o governo gastou.

 

QUALIDADE

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ligado à Presidência, mostrou em estudo recente que a proporção de servidores públicos para o total da população ocupada no Brasil é bem menor do que em outros países vistos como referência na qualidade do atendimento feito pelo Estado.

 

Segundo o levantamento do instituto, em 2005 o Brasil tinha 10,7% do total de empregados dedicados ao serviço público. Na Suécia, esse percentual era de 30,9%.

 

As despesas com pessoal crescem, ainda que não haja novas contratações, no mínimo 3% a cada ano, segundo o próprio governo. O índice vem acompanhando o crescimento do PIB (soma de todas as riquezas produzidas pelo país).

 

Na origem desse aumento estão, por exemplo, as gratificações a que os servidores têm direito. Fazer cortes na área é delicado, pois esbarra em dificuldades como a estabilidade do funcionalismo.

Por isso, uma eventual queda no PIB -e consequente queda na arrecadação- poderia comprometer outros gastos do governo

 

 

2-1-2012 – Correio Braziliense

MAIS DE 60 MIL VAGAS NO SERVIÇO PÚBLICO EM 2012

 

61.884 CHANCES EM 2012

 

CRISTIANE BONFANTI / ANA CAROLINA DINARDO

 

O ano começa com boas chances para quem tem planos de se tornar funcionário público. No país, hoje, há pelo menos 47 concursos em andamento para preencher 30.153 vagas. Entre eles, o do Senado, com 246 postos de níveis médio e superior e salários que variam de R$ 13,8 mil a R$ 23,8 mil. Além disso, 42 seleções previstas para 2012 vão oferecer 31.731 vagas. E a tendência é de que esses números aumentem. Se o governo federal seguir à risca a lei orçamentária aprovada no Congresso, serão criadas nada menos que 111.729 vagas no Executivo, Legislativo e Judiciário

 

Nem a contenção de gastos públicos nem a crise internacional serão capazes de impedir a contratação de servidores neste ano. A necessidade de preenchimento de vagas e o reforço do quadro de pessoal abriram possibilidades em todo o país

 

Mesmo com a crise econômica internacional e os cortes de gastos anunciados pela equipe da presidente Dilma Rousseff, o ano de 2012 começa cheio de expectativas para quem quer ingressar no serviço público. Levantamento das principais seleções feito pelo Correio mostra que 47 concursos em andamento em todo o país somam 30.153 vagas abertas, além de cadastro de reserva, com salários de até R$ 23,8 mil. Além disso, há pelo menos 42 certames previstos para este ano, com oferta total de 31.731 vagas, além da fila de espera. Ao todo, são 61.884 postos em jogo.

 

A tendência é de que esses números aumentem. Pela lei orçamentária aprovada no Congresso Nacional, neste ano o governo federal planeja criar nada menos que 111.729 vagas por meio de concursos públicos, funções e cargos comissionados no Legislativo, no Executivo e no Judiciário. Desse total, a estimativa é que, de fato, até 64.579 pessoas sejam chamadas pela administração pública, o que levará a uma despesa da ordem de R$ 2,1 bilhões com contratações. Todos os concursos e convocações, no entanto, dependem de autorização expressa da ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

 

Os concursos abertos são de encher os olhos. Entre os pesos- pesados, está o certame do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que preencherá 1.875 vagas em todo o país. Ao todo, são 375 cargos para o posto de perito médico previdenciário e 1,5 mil para técnico do seguro social. A remuneração chega a R$ 9.070,93. Os interessados podem se inscrever até 8 de janeiro no site www.concursosfcc.com.br.

 

Senado

Outro concurso cobiçadíssimo é o do Senado Federal. O órgão está com inscrições abertas até 5 de fevereiro para 246 vagas de níveis médio e superior, por meio da página www.fgv.br/fgvprojetos/concursos/senado11. Os salários variam entre R$ 13,8 mil e R$ 23,8 mil. Do total de postos oferecidos na Casa, 104 são para técnico, 133 para analista e nove para consultor. Agarrar essas oportunidades, porém, não será tarefa fácil. Os candidatos têm menos de três meses para se preparar até as provas, que serão aplicadas em 11 de março em todas as capitais brasileiras.

 

A última seleção realizada pelo Senado, em 2008, recebeu 42.967 inscrições, uma média de 286,4 candidatos por vaga. Foram oferecidos 150 postos, sendo 61 de nível médio e 89 de superior. Os cargos mais procurados foram de policial legislativo e de técnico na área de administração.

 

No Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran/DF), há 100 vagas de agente abertas, com salário inicial de R$ 5.485,24. Para concorrer, é preciso ter graduação em qualquer área do conhecimento e carteira nacional de habilitação B. As inscrições podem ser feitas até 9 de janeiro pelo site www.universa.org.br. A primeira etapa da seleção terá provas objetiva e discursiva, previstas para 4 de março, em Brasília.

 

Nos concursos planejados para este ano, o governo priorizou áreas como segurança, controle e fiscalização. A Polícia Federal, por exemplo, recebeu autorização para realizar seleção com 1,2 mil vagas. Serão 500 de agente, 100 de papiloscopista, 150 de delegado, 100 de perito criminal e 350 de escrivão. Os salários iniciais são de R$ 7,5 mil para papiloscopista, agente de polícia e escrivão e de R$ 13,3 mil para delegado e perito. O edital será publicado até junho. A Polícia Rodoviária Federal, por sua vez, se prepara para preencher 1,5 mil vagas de agente, cujo salário é de R$ 5,8 mil.

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