A taxa de desemprego entre os jovens é maior que a dos adultos, segundo levantamento divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). No relatório “Tendências do Emprego Global 2011”, 12,6% dos jovens estão sem ocupação em relação a 4,8% dos adultos.
Baseada em dados coletados em 56 países, a Organização concluiu que 1,7 milhão de jovens entre 17 e 24 anos deixaram de entrar no mercado de trabalho.
Segundo o documento, jovens em busca de uma vaga no mercado terão mais chances no Brasil do que na Europa e nos Estados Unidos. A OIT também destacou que o Brasil já possui taxa de desemprego abaixo da média mundial.
Em dados gerais, a OIT divulgou que de 2007 até 2010, 27,6 milhões de pessoas estavam desempregadas no mundo.
Mais detalhes na matéria publicada no portal G1.
25/01/2011
G1
Escassez de emprego no mundo emperra recuperação, diz OIT
Situação é particularmente dura com os jovens.
Desemprego no Brasil é menor que nos países ricos.
Com informações da Reuters e da Agência Estado
De acordo com a OIT, um jovem em busca de emprego encontrará uma oportunidade mais facilmente no Brasil do que nas grandes cidades europeias ou americanas.
A vacilante e desigual elevação na oferta de empregos está dificultando a recuperação geral da economia e o desemprego deve continuar próximo a níveis recordes neste ano, afirmou a Organização Internacional do Trabalho nesta terça-feira (25).
Pela primeira vez, o Brasil apresenta uma taxa de desemprego abaixo da dos países ricos e, pelo menos nas áreas metropolitanas, abaixo da média mundial, diz a OIT.
Em alguns países em desenvolvimento, como o Brasil, o desemprego já caiu abaixo dos níveis em que estavam antes da crise econômica global de 2008. Em muitas outras nações, no entanto, a tendência é de alta na desocupação.
A situação é particularmente dura com os jovens, e cifras oficiais subestimam o verdadeiro número de desempregados, já que muita gente desiste de procurar trabalho, segundo a agência da ONU.
De acordo com a OIT, um jovem em busca de emprego encontrará uma oportunidade mais facilmente no Brasil do que nas grandes cidades europeias ou americanas. Há mais jovens desempregados nos Estados Unidos e na Europa que no Brasil, diz a organização.
O problema é que a qualidade dos empregos no Brasil ainda é baixa e o país não consegue gerar maior produtividade ao trabalhador, que começa a ser superado pelos chineses.
A avaliação foi divulgada na véspera da reunião anual de líderes políticos e empresariais no Fórum Mundial Econômico, em Davos (Suíça), cuja pauta deverá ser parcialmente ocupada pela questão da disparidade entre os países.
Desemprego em números
OIT diz que o desemprego entre os jovens chega a 12,6%, enquanto para os adultos a taxa é de 4,8%
Apresentando o relatório Tendências do Emprego Global 2011, o diretor-executivo da OIT, José Manuel Salazar-Xirinachs, disse que a recuperação do crescimento econômico perderá impulso neste ano. Isso é parcialmente resultando dos efeitos deflacionários gerados pelo estado precário nos mercados de trabalho, disse ele em entrevista coletiva.
A OIT prevê que o total de desempregados recue de 205 milhões em 2010 (6,2% da força global de trabalho) para 203,3 milhões (6,1%) neste ano.
Entre 2007 e 2010, o mundo ganhou 27,6 milhões de desempregados, segundo a OIT. Salazar-Xirinachs disse que 2011 provavelmente será o terceiro ano consecutivo com o desemprego global acima de 200 milhões de pessoas.
A ligeira redução no número de desempregados neste ano mascara o fato de que milhões de pessoas simplesmente desistiram de procurar emprego. A OIT estima, com base em dados de 56 países, que 1,7 milhão de jovens de 15 a 24 anos deixaram de entrar na força de trabalho, em relação ao que seria esperado com base nas tendências prévias à crise.
A OIT diz que o desemprego entre os jovens chega a 12,6%, enquanto para os adultos a taxa é de 4,8%. Em alguns países, o desemprego juvenil ronda 30-40%.
A entidade destaca também o fato de que países ricos respondem por 15,7 dos 27,6 milhões de desempregados agregados nos últimos anos, mas que nesses lugares existem mecanismos de proteção social em geral indisponíveis nas nações pobres.