Atendendo ao chamado do movimento sindical e da população para manifestações contra as reformas trabalhista e previdenciária, Auditores-Fiscais do Trabalho de todo o país aderiram à Greve Geral nacional no dia 30 de junho. Representantes do Sinait e das Delegacias Sindicais participaram de protestos e atos públicos em vários Estados, integrando-se aos trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público que foram às ruas lutar contra a retirada de direitos promovida pelas chamadas reformas do governo.
Em Salvador, a Delegacia Sindical da Bahia - DS/BA se uniu às entidades sindicais de trabalhadores locais. Os Auditores-Fiscais do Trabalho se vestiram de preto e participaram ativamente dos atos realizados na cidade. Pela manhã, houve mobilização em frente à sede da Superintendência Regional do Trabalho - SRT/BA, em que os diretores da DS/BA ressaltaram os impactos negativos das reformas sobre os direitos dos trabalhadores e os serviços públicos.
Os Auditores-Fiscais do Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e São Paulo também engrossaram as fileiras dos trabalhadores brasileiros contra o assalto a direitos historicamente conquistados. Em manifestações e atos públicos, os servidores discursaram, empenharam faixas e protestaram contra as alterações propostas pelo governo nos direitos trabalhistas e previdenciários.
À tarde, a capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, recebeu um ato público. Manifestantes fizeram uma caminhada até a Praça Municipal de Salvador, e mais de 20 mil estudantes, trabalhadores, políticos e lideranças sindicais tomaram as ruas do Centro com faixas e cartazes. Além de um trio elétrico, entoando palavras de ordem contra as reformas e a terceirização.
Para o Sindicato, em posição já defendida em diversos debates públicos, as reformas representam retirada de direitos, precarização do trabalho, aumento do risco à saúde e segurança do trabalhador, descaso com o futuro previdenciário dos brasileiros. Agrava o quadro o fato de que os defensores das propostas não conseguem provar seus argumentos, como os de que as mudanças são para gerar empregos ou garantir o pagamento de aposentadorias no futuro.
Na avaliação do presidente do Sinait, Carlos Silva, somente a pressão popular pode barrar o avanço das propostas. Para ele, a população tem que mostrar ao governo que não quer as reformas e que já entendeu que somente os trabalhadores e os pobres serão prejudicados. “Não podemos aceitar que o Congresso rasgue a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, que destrua os direitos conquistados com tanta luta. Se perdermos isso, levará muito tempo para, talvez, recuperar algo”, apontou.