RS: Auditores-Fiscais interditam terminal da Raízen em Ijuí


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
19/09/2016



Serviço oferece perigo aos trabalhadores 


Auditores-Fiscais do Trabalho da Gerência Regional do Trabalho de Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, interditaram as operações de abastecimento e distribuição de   combustíveis – gasolina, diesel e álcool – no terminal da empresa Raízen Combustíveis S.A., no município de Ijuí, no dia 16 de setembro. A empresa é a responsável pela distribuição desses combustíveis para o Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. 


As situações encontradas durante a inspeção podem causar graves riscos à saúde dos trabalhadores. De acordo com o Auditor-Fiscal do Trabalho Fabio Reis Guzen, a falta de uso de equipamentos de proteção coletiva contra vapores dos combustíveis é agravada pela não utilização de equipamentos de proteção respiratória na maioria das atividades. “Os trabalhadores ficam expostos a riscos químicos e sujeitos a contraírem doenças como o câncer, devido à exposição ao benzeno, um produto altamente cancerígeno”, explicou.


A fiscalização também constatou a falta de uma política de higienização de uniformes, o que aumenta a possibilidade de problemas de pele nos trabalhadores e outras doenças para si e seus familiares, uma vez que eles lidam com produtos altamente tóxicos e cancerígenos. “São os trabalhadores que lavam as roupas que utilizam no trabalho. Eles levam para casa e lavam junto com as roupas da família. Higienizar essas roupas é obrigação da empresa”, apontou o Auditor-Fiscal do Trabalho Rudy Allan Silva da Silva, que também participou da operação.  


A fiscalização identificou pontos de ancoragem inadequados nas atividades em altura, com riscos de acidentes para os trabalhadores. De acordo com os Auditores-Fiscais, o correto seria essas atividades, a exemplo do abastecimento do vagão de trem, serem feitas por meios coletivos de acesso a locais elevados, como um sistema de plataformas que dão acesso seguro ao topo dos vagões-tanque nos trens e caminhões-tanque.


“As regras de gestão de saúde desses trabalhadores estão totalmente inadequadas”, explicou Rudy Allan. Segundo ele, a operação faz parte da Força-Tarefa de Combate ao Adoecimento por Benzeno no Rio Grande do Sul.


Para a retomada das atividades a empresa necessita comprovar a adoção de todas as providências que eliminem ou minimizem as situações de risco encontradas pelos Auditores-Fiscais.

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