Faltam ainda 21 meses para as Olimpíadas de 2016, previstas para acontecer no Rio de Janeiro de 5 a 26 de agosto. No entanto, os Auditores-Fiscais do Trabalho da Seção de Segurança e Saúde do Trabalhador - Segur da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro - SRTE/RJ estão atentos para que as obras para o evento não coloquem em risco a integridade física dos trabalhadores envolvidos nas construções.
É o que informa a Auditora-Fiscal do Trabalho Elaine Castilho, que desembargou, no dia 6 de novembro, com a Auditora-Fiscal Renata Pereira, parte da obra de duplicação do Elevado do Joá, em São Conrado, Zona Sul do Rio. “As bombas de sucção e perfuratrizes continuam interditadas por falta de segurança para utilização. Com parte da liberação, as atividades nos canteiros foram retomadas”. Além disso, houve também o embargo nos canteiros do Pepino e do “Henrique”.
Elaine Castilho explica que a equipe da Segur está em estado de alerta no Rio de Janeiro, porque existem muitas obras para as Olimpíadas ocorrendo ao mesmo tempo. “Os Consórcios estão trabalhando com um cronograma muito apertado, o que pode resultar em um grande número de acidentes de trabalho. Para evitar que isso aconteça, estamos atuando em estado de atenção, com o objetivo de prevenir o adoecimento e as mortes de operários nestes canteiros”. Ela afirma que “todos os consórcios possuem equipes de engenharia do trabalho completas e competentes, mas observamos que o setor de engenharia de produção está atropelando as medidas propostas pelo de trabalho”.
As obras para as Olimpíadas são de grandes dimensões e importância realizadas em pontos movimentados da capital fluminense. “O elevado do Joá tem 270 trabalhadores formais e 22 terceirizados. Esta obra é realizada em encostas com grandes desfiladeiros e penhascos beirando o mar de São Conrado e podem ocorrer deslizamentos. Por isso, estamos atentos para evitar que acidentes aconteçam”, diz A Auditora-Fiscal.
O desembargo foi efetuado após a regularização das áreas escavadas, que apresentavam riscos de queda de altura e problemas com a parte elétrica. “Além da implementação das ações corretivas para adequação à legislação de segurança e saúde, previstas na Norma Regulamentadora nº 18 (NR-18), que trata de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, esperamos com as adequações preventivas evitar acidentes nos canteiros de obras dos Consórcios”, diz a Auditora-Fiscal.
Embargo
A ação fiscal que embargou o elevado do Joá aconteceu no dia 23 de outubro, numa fiscalização rotineira da Segur, em que foram detectados vários problemas. “Constatamos contêineres sem aterramento, taludes sem estabilidade, falta de sinalização e barreiras nas escavações, falta de acesso seguro aos postos de trabalho nas escavações, falta de proteção contra quedas e máquinas/equipamentos sem proteção”, informa Elaine Castilho.
Apesar do desembargo, “as equipes estão atentas e para o caso de verificação de novas irregularidades, voltaremos a embargar, porque a nossa prioridade é a segurança dos trabalhadores”, finaliza.