Ele também é alvo de uma investigação policial que combate a sonegação fiscal na comercialização de feijão em Unaí/MG e no Distrito Federal.
Próximo de completar 8 anos do crime que ficou internacionalmente conhecido como a Chacina de Unaí o empresário e cerealista de Taguatinga Hugo Alves Pimenta continua em liberdade, por força de habeas corpus, depois de ser preso duas vezes. A última em 2006, quando foi descoberto um esquema de compra do silêncio de testemunhas. Ele é dono da Huma Cereais Ltda, com sede em Unaí/MG e filial em Taguatinga.
O empresário é acusado de ser um dos mandantes das execuções dos Auditores-Fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e do motorista do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, Ailton Pereira de Oliveira.
Hugo Pimenta também é alvo de uma investigação policial que combate a sonegação fiscal na comercialização de feijão em Unaí/MG e no Distrito Federal. A operação denominada "Baião de Dois”, deflagrada em 26 de outubro de 2011, na cidade de Unaí, aponta Hugo Alves Pimenta como o líder de uma organização criminosa que comete fraudes fiscais no comércio de feijão nesta região.
Na ocasião do crime, em janeiro de 2004, Pimenta devia R$ 2 milhões aos fazendeiros e irmãos Celso e Norberto Mânica,alvos das fiscalizações dos auditores. Ele teria pago R$ 45 mil pelas mortes dos servidores.
Na época do crime Pimenta se recusou a prestar depoimento à Polícia Federal e disse que só fala em juízo.
Caso - A Chacina de Unaí ocorreu no dia 28 de janeiro de 2004. Os Auditores-Fiscais do Trabalho, Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e motorista do Ministério do Trabalho e Emprego, Ailton Pereira de Oliveira, foram assassinados durante uma fiscalização rural no município de Unaí, em Minas Gerais.
Por conta da forma como o crime marcou a história da Inspeção do Trabalho no Brasil, 28 de janeiro é o Dia Nacional do Auditor-Fiscal do Trabalho de acordo com a leinº 11.905. A data é também o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.
Nesta sexta-feira, 27, o Sinait e a Associação dos Auditores-Fiscais do Trabalho de Minas Gerais – AAFIT/MG realizarão um ato público para pedir o julgamento do caso em frente ao prédio da Justiça Federal em Belo Horizonte, às 10 horas.