Senadora destaca problemas que a mulher brasileira ainda tem que enfrentar


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
08/03/2011



Lembrando a origem do Dia Internacional da Mulher, a senadora Ana Rita (PT/ES), em discurso no Senado, homenageou as mulheres brasileiras e também falou dos problemas que ainda têm que enfrentar. O Dia 8 de março é uma homenagem a operárias de uma fábrica têxtil dos Estados Unidos que foram queimadas vivas quando reivindicavam melhores condições de trabalho no Século XIX. A situação de hoje é muito melhor, mas há desafios a vencer.


 

A senadora fez alusão à prioridade dada pela presidente Dilma Rousseff e pela ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para mulheres para o combate à feminização da pobreza. Ana Rita citou, ainda, que a participação política de mulheres no Brasil está abaixo da média mundial: aqui não passa de 10% das cadeiras legislativas enquanto em outros países a média é de 20%. No mercado de trabalho as mulheres também encontram dificuldades e somente 40% da população feminina apta a trabalhar encontra-se empregada.

 

“São dados muito significativos e mudar essa realidade depende de organização e persistência”, diz Rosângela Rassy, presidente do SINAIT. “As mudanças, historicamente, são lentas, mas vieram, e continuarão acontecendo”.

 

Leia a matéria da Agência Senado e confira mais dados apresentados pela senadora Ana Rita:

 

2-3-2011 – Agência Senado

Senadora da República saúda mulheres pelo seu dia e diz que data deve ser oportunidade para reflexão

 

Em discurso nesta quarta-feira (2), a senadora Ana Rita (PT-ES) saudou as mulheres brasileiras pelo início do Mês da Mulher. Na manhã de terça (1º) o Congresso Nacional celebrou o Dia Internacional da Mulher.

 

- No dia 8 de março comemoram-se 101 anos que mulheres de todos os continentes celebram o Dia Internacional da Mulher como um dia de reflexão e de luta. A data é uma oportunidade para refletirmos sobre o lugar ocupado pelas mulheres na sociedade ocidental, principalmente no Brasil, e lembrarmos que a igualdade entre homens e mulheres é um processo permanente de construção - afirmou a senadora.

 

Para Ana Rita, o ano de 2011 marca um momento significativo para a democracia brasileira por começar com a posse da primeira mulher a conquistar a Presidência da República, Dilma Rousseff. A senadora lembrou que as mulheres brasileiras conquistaram o direito de votar há 80 anos, 110 anos depois das primeiras eleições gerais realizadas no país.

 

- Foi preciso esperar quase um século mais para termos uma mulher no cargo mais alto da nação e, mesmo depois de conquistar isso, ainda somos uma minoria na ocupação de cargos políticos - disse.

 

Atualmente, acrescentou Ana Rita, apenas 10% das cadeiras legislativas brasileiras são ocupadas por mulheres, enquanto a média mundial gira em torno de 20%.

 

A senadora também elogiou a presidente Dilma Rousseff e a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, por terem estabelecido como meta do governo federal "a luta pela erradicação da feminização da pobreza e da miséria".

 

Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) citados pela senadora revelam que apenas 40,1% das mulheres aptas a trabalhar no mundo estão empregadas, contra 73,4% dos homens aptos ao trabalho. Para a senadora, uma maior inserção das mulheres no mercado de trabalho passa pela criação de mais vagas na rede pública de ensino infantil e de creches e programas de capacitação e formação para mulheres.

 

- Não tenho dúvidas de que a autonomia financeira das mulheres assegurará, inclusive, maior participação das mulheres nos espaços decisórios de poder - acrescentou.

A desigualdade salarial entre homens e mulheres ainda é grande, disse Ana Rita, mas os problemas envolvem ainda assédio moral e sexual, doenças laborais e grande número de mulheres trabalhando informalmente.

 

- Ressalto que, apesar das várias barreiras vencidas, a desigualdade, a opressão e a violência contra as mulheres persistem em nossa sociedade. Mesmo com avanços ainda há discrepâncias, especialmente em relação a salários entre homens e mulheres - declarou.

 

Em aparte, o senador Magno Malta (PR-ES) elogiou o pronunciamento da colega e concordou que a luta pelos direitos das mulheres deve ser uma bandeira dos parlamentares.

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