Prêmio Faz Diferença: luta pelo banimento do amianto deu o reconhecimento a Fernanda Giannasi

Por Nilza Murari

A Auditora-Fiscal do Trabalho Fernanda Giannasi foi a vencedora do Prêmio Faz Diferença na categoria Economia. Promovido pelo jornal O Globo e pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – Firjan, a entrega ocorreu no dia 28 de março, em solenidade no Belmont Copacabana Palace. A apresentação ficou a cargo dos jornalistas Miriam Leitão e Anselmo Góes. O diretor do Sinait, Pedro Paulo Martins, e o Delegado Sindical Daniel Ferreira compareceram e prestigiaram a premiação da colega.

Fernanda Giannasi recebeu o prêmio ao lado de outros 16 agraciados que se destacaram em suas áreas de atuação em várias partes do país. O mérito da Auditora-Fiscal é a sua luta de décadas pelo banimento do amianto. O prêmio foi entregue pelas jornalistas Flávia Barbosa e Luciana Rodrigues, da editoria de Economia do jornal O Globo.

Em breves palavras, Fernanda ressaltou que a causa do banimento do amianto no Brasil é uma construção coletiva e que muitos amigos, militantes e vítimas do amianto se faziam presentes na solenidade. Destacou a presença do deputado estadual Carlos Minc (PSB/RJ). Ele foi o autor da lei que baniu o uso do mineral no Rio de Janeiro e que, de acordo com Fernanda, contribuiu para que o Supremo Tribunal Federal tomasse a decisão definitiva de proibir o uso da fibra no Brasil.

Ao finalizar, fez um apelo ao STF, em nome das vítimas do amianto: que o Supremo “não flexibilize nem retroceda em sua decisão histórica de 30 de novembro de 2017 que baniu total e definitivamente a fibra cancerígena, a catástrofe sanitária do Século XX do Brasil”.

Outros premiados

Entre famosos como a cantora Anita, o jornalista Pedro Bial, os atores Giovanna Ewbank, Bruno Gagliasso e Wladimir Brichta, o escritor Silviano Santiago, os esportistas Follmann, Alan Ruschel e Neto, o artista plástico Abraham Palatnik e o teatrólogo José Celso Martinez Corrêa, estiveram brasileiros que se dedicam à educação e pesquisa.

A personalidade do ano foi a professora, pesquisadora e cientista Joana D’Arc Félix, de Franca (SP). Mulher negra, de origem humilde, venceu incentivada por seus pais e apesar de muitos episódios de racismo e preconceito que relatou emocionada ao seleto público. Estudou na Unicamp, terminou o mestrado aos 19 anos e o Doutorado aos 25 anos. Passou por Harvard, coleciona prêmios por suas pesquisas e descobertas, como pele sintética para recuperação de pessoas vítimas de queimaduras. Também é inspiração para milhares de jovens com os quais lida, pois continua dando aulas.

Além dela, o professor de música Roberto de Oliveira Ferreira foi o ganhador do prêmio na categoria Rio e a Escola Municipal Infante Dom Henrique, na categoria Sociedade/Educação mostraram que também na escola pública há iniciativas que fazem a diferença na vida das crianças.

A professora mineira Heley de Abreu Batista foi homenageada postumamente. Ela morreu depois de salvar a vida de várias crianças no incêndio de uma creche em Janaúba, no norte do Estado.

O professor e pesquisador capixaba Sérgio Lucena ganhou o prêmio na categoria Sociedade/Ciência e Saúde por sua luta para recuperar a população de macacos bugios em Caratinga (MG). Os animais foram vítimas da febre amarela e praticamente dizimados.

Repercussão

Veja algumas notícias publicadas sobre o Prêmio Faz Diferença.

28-3-2018 – O Globo

Prêmio Faz Diferença: pioneira na luta contra o amianto, Fernanda Giannasi faz apelo ao STF

29-3-2018 – O Globo

Prêmio Faz Diferença presta homenagem aos destaques de 2017

29-3-2018 – Rádio CBN / Abrea

Coluna de Sérgio Abranches – Ecopolítica

'PRÊMIO FAZ A DIFERENÇA' CONTEMPLOU SOLUÇÕES PARA SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO NO BRASIL

29-3-2018 – Só Fatos

PRÊMIO FAZ DIFERENÇA: PIONEIRA NA LUTA CONTRA O AMIANTO, FERNANDA GIANNASI FAZ APELO AO STF

29-3-2018 – Facebook do deputado estadual Carlos Minc

29-3-2018 – Jornal da Franca

Joana D'Arc Felix recebe no Rio de Janeiro o prêmio de Personalidade do Ano