Crítica ao presidente da Câmara foi feita pelo presidente do Sinait, Carlos Silva, ao G1, nesta segunda-feira, 14 de novembro
O site de notícias G1 nesta segunda-feira, 14 de novembro, traz a matéria “Reajustes de Temer ao funcionalismo aumentam pressão de outras carreiras”, revelando o descontentamento das categorias que ainda não tiveram seus acordos salariais honrados pelo governo, a exemplo dos Auditores-Fiscais do Trabalho.
Depois de o governo Temer sancionar reajustes para várias categorias como judiciário e militares, e da Câmara aprovar recentemente projeto de autoria do Planalto para reajustar os salários de servidores da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de peritos federais agrários e de servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit); além de uma comissão especial aprovar o texto-base da proposta que concede aumentos nos vencimentos das carreiras da Receita Federal, agora o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), declara que esses serão os últimos reajustes que a Casa vai aprovar neste ano.
Segundo ele, qualquer nova folga de orçamento deverá ser usada para outras finalidades, como ajudar financeiramente Estados e municípios, que passam atualmente por uma profunda crise econômica por conta de excesso de gastos e queda nas receitas.
A declaração do presidente da Câmara irritou as categorias que até o momento não tiveram seus acordos honrados pelo governo, como a dos Auditores-Fiscais do Trabalho.
O presidente do Sinait, Carlos Silva, foi ouvido pelo G1. Ele apontou a situação da sua categoria que cobra a reestruturação da carreira com reajuste de vencimentos. A matéria informa que os Auditores do Trabalho são responsáveis pela fiscalização do cumprimento da legislação trabalhista nas áreas de segurança e saúde do trabalhador.
"A fala do Rodrigo Maia é um absurdo porque desrespeita uma categoria que, por mais de um ano, negociou legitimamente com o governo. Não desmerecemos a situação dos estados, mas o governo está nos enrolando", declarou o presidente do Sinait.
Carlos Silva ressaltou ao G1 que os Auditores-Fiscais do Trabalho estão o em greve desde agosto. Segundo ele, os funcionários aguardam o envio ao Legislativo, por parte do Palácio do Planalto, de projeto de lei autorizando reajuste para a carreira.
Em 2015, os Auditores-Fiscais do Trabalho fizeram uma greve que durou sete meses. A paralisação só se encerrou em março deste ano, quando o governo anterior assinou acordo com a categoria e se comprometeu a enviar ao parlamento uma proposta de reajuste. O acordo prevê aumento de 21,3% nos salários, mais pagamento de bônus de eficiência, negociação parecida com a que foi fechada com os funcionários da Receita.
Para pressionar Temer a cumprir o acordo fechado pela antecessora, os Auditores-Fiscais do Trabalho acirraram a greve e fiscalizam somente os casos de risco de acidentes para os trabalhadores e denúncias de salários não pagos.
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