SE: Auditores lavram 60 autos em empresa de telemarketing na capital Aracajú


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
17/07/2015



Os Auditores-Fiscais Denise Motta Garcia, Roberto Borges, Glauber Santiago e Izabel Rocha da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Sergipe – SRTE/SE lavraram 60 autos de infração pelo descumprimento de normas de proteção ao trabalhador na empresa de telemarketing Almaviva em ação fiscal realizada de janeiro a abril deste ano na capital Aracajú.


De acordo com Denise Motta, a empresa deverá aplicar as medidas corretivas relacionadas às irregularidades constatadas pela fiscalização na área de saúde e segurança do trabalho. “Nós fiscalizamos e emitimos um relatório circunstanciado com os autos de infração e apontando as irregularidades encontradas paras as devidas providências do Ministério Público do Trabalho em Sergipe”. O MPT/SE já expediu uma notificação à empresa, determinando que sejam providenciadas 48 medidas para sanar a situação encontrada pelos Auditores-Fiscais do Trabalho. A empresa terá 30 dias para cumprir as determinações.


Segundo Denise, a Almaviva já havia passado por fiscalizações anteriores. “As ações antecedentes foram focadas na área trabalhista. Agora ampliamos para a área de segurança no trabalho e constatamos o descumprimento de diversas normas de proteção ao trabalhador”.


Os Auditores-Fiscais constataram também pressão psicológica relacionada às metas de trabalho muito difíceis de serem alcançadas, com consequente desconto no salário, embaraço para a concessão de pausa para o uso do sanitário e agressões constantes dos clientes. “Isso tudo somado traz como consequência o alto grau de adoecimento dos trabalhadores, na sua maioria jovens e no seu primeiro emprego”.


Para Denise Motta são direitos dos trabalhadores estabelecidos pela Constituição Federal e pelas normas trabalhistas que estão sendo desrespeitados. “Agora aguardamos as providências tomadas por parte do Ministério Público do Trabalho, para realizar uma nova ação fiscal na empresa Almaviva”.


A situação na Almaviva é similar à de várias outras empresas de telemarketing, inclusive a Contax, que passou por fiscalização em sete Estados por quase dois anos. O histórico de adoecimentos, afastamentos e até casos de morte no trabalho consta do relatório da ação fiscal. Em 2014 os empregados realizaram um grande protesto na porta da empresa contra as condições de trabalho. Eles classificam a empresa como “senzala moderna”.

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