Concurso AFT: SINAIT busca reunião com a Secretaria-Geral da Presidência da República para tratar da convocação imediata do cadastro reserva

Dirigente do SINAIT tratará também da ampliação de cargos na Carreira da Auditoria Fiscal do Trabalho, que conta apenas com 3.644 cargos


Por: Lourdes Marinho
Edição: Andrea Bochi
27/11/2025



O SINAIT encaminhou nesta quarta-feira, 26 de novembro, um pedido de audiência à Secretaria-Geral da Presidência da República para tratar da convocação imediata dos candidatos aprovados no cadastro reserva, do Concurso Público Nacional Unificado de 2024 (CPNU), para a Carreira da Auditoria Fiscal do Trabalho.

Mesmo com a posse de 900 aprovados, o déficit de Auditores-Fiscais do Trabalho continua. “Ainda que as nomeações representem um avanço importante, permanecerão 900 vagas em aberto, número que compromete significativamente a recomposição da força de trabalho e a capacidade operacional da Inspeção do Trabalho”, explica o presidente do SINAIT, Bob Machado.

De acordo com o dirigente sindical, o déficit atual levou a carreira a atingir o menor número de Auditores-Fiscais do Trabalho dos últimos 30 anos, com pouco mais de 1.800 AFT na ativa, o que fragiliza a atuação do Estado na promoção e defesa dos direitos trabalhistas e na execução de políticas públicas essenciais. “A falta de Auditores-Fiscais tem impacto direto em áreas sensíveis e prioritárias, como o combate ao trabalho escravo e ao trabalho infantil, a fiscalização das cotas de aprendizagem e de pessoas com deficiência, e a promoção do trabalho decente em todo o país”, pontua o presidente.

Diante desse cenário, o SINAIT tratará também com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, da ampliação de cargos na Carreira da Auditoria Fiscal do Trabalho, que conta apenas com 3.644 cargos. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda um Auditor-Fiscal do Trabalho para cada 20 mil pessoas economicamente ativas (PEA) em países com nível de desenvolvimento semelhante ao do Brasil.

“Essa recomposição não é uma pauta corporativa, mas uma medida essencial para proteger trabalhadores vulneráveis, combater violações graves de direitos e fortalecer políticas públicas de inclusão e cidadania”, finaliza Bob Machado. 

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