29-1-2010 – SINAIT
O Sindicato dos AFTs da Paraíba – SAFIT/PB organizou ontem um Ato Público em frente à sede da SRTE/PB para lembrar os seis anos da Chacina de Unaí e protestar contra a lentidão na tramitação do processo. Participaram do ato Auditores Fiscais do Trabalho e também servidores administrativos.
O Ato ganhou cobertura da imprensa local. Veja notícia publicado no jornal O Norte, de maior circulação em João Pessoa:
29-1-2010 – Jornal O Norte - PB
Primeiro Caderno | Dia-a-dia
Contra violência // Auditores do trabalho realizam ato público
Thais Cirino // [email protected]
Auditores fiscais de todo o Brasil pararam suas atividades, ontem, para lembrar a morte de quatro colegas de trabalho, sendo três auditores fiscais do trabalho e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), assassinados enquanto iam averiguar denúncias de trabalho escravo no município de Unaí (MG).. Os crimes ocorreram no dia 28 de janeiro de 2004 e ficaram conhecidos como "Chacina de Unaí". Na Paraíba, os auditores estenderam faixas e cartazes pedindo a punição dos acusados que não foram a julgamento.
O ato público ocorreu na entrada da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Paraíba (SRTE/PB) e foi promovido pelo Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho no Estado da Paraíba (Safit/PB). "A principal motivação foi pedir o julgamento dos responsáveis pela Chacina de Unaí", afirmou o presidente do sindicato, Lailton Bezerra Cavalcante. Apesar de não haver registro de casos de morte de auditores durante o exercício da função na Paraíba, o sindicalista lembra que ameaças já foram realizadas até mesmo dentro do prédio da sede. "No ano passado um colega chegou a ser ameaçado e quase foi agredido por um empregador dentro da repartição".
Em todo o estado existem 53 auditores fiscais do trabalho, sendo 33 lotados na superintendência em João Pessoa e 20 na sucursal em Campina Grande. Eles são responsáveis por ações de fiscalização que envolvem a segurança dos trabalhadores e o cumprimento da legislação trabalhista nos 223 municípios paraibanos e, desde a morte dos colegas, dizem que trabalham sob tensão. A mobilização contou com a leitura de manifesto e distribuição de panfletos lembrando a falta de punição para os culpados dos crimes: Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva e do motorista Ailton Pereira de Oliveira. Acusados de serem mandantes do crime, os irmãos Antério e Norberto Mânica permanecem em liberdade, sendo que Antério foi eleito prefeito de Unaí em 2004, mesmo já tendo sido indiciado.