Poema do Auditor-Fiscal do Trabalho Ítalo Mannarino traduz a essência da missão da categoria na defesa do trabalhador


Por: Lourdes Marinho
Edição: Solange Nunes
04/07/2025



O SINAIT tem a satisfação de divulgar um belíssimo poema do Auditor-Fiscal do Trabalho Ítalo José Mannarino, do Rio de Janeiro, que traduz em versos a essência da missão da categoria na defesa da dignidade do trabalhador e da necessária humanidade nas relações laborais. O poema revela, com sensibilidade e profundidade, o olhar de quem, com conhecimento e consciência, se coloca ao lado do trabalhador, buscando garantir seus direitos e sua segurança, mesmo diante das adversidades e riscos da profissão.

Ítalo Mannarino, servidor dedicado, construiu sua trajetória no Ministério do Trabalho e Emprego marcada pelo compromisso com a justiça social e pela defesa incansável dos direitos humanos no ambiente de trabalho. Seu poema, além de homenagear o papel do Auditor Fiscal do Trabalho, é um chamado à reflexão sobre o valor da dignidade e da solidariedade.

Sobre o autor

Ítalo José Mannarino ingressou na carreira da Auditoria Fiscal do Trabalho em 19 de setembro de 1977. Mineiro de Muriaé, está com 88 anos e atualmente reside em Paty do Alferes, no interior do Rio de Janeiro. Foi presidente da Afaiterj e diretor do SINAIT. Ao longo da carreira, sempre foi lotado na capital fluminense, nunca no interior, em razão de sua ampla experiência como administrador, advogado e contador de banco. Essa bagagem foi essencial para a gestão e as transformações que promoveu na então Delegacia Regional do Trabalho do Rio Janeiro (DRT/RJ), atual Superintendência Regional do Trabalho do RJ, onde reformulou e modernizou diversas seções por onde passou.

Leia abaixo a íntegra desse registro emocionante que traduz a luta e a sensibilidade do Auditor-Fiscal do Trabalho:

 

AUDITOR FISCAL DO TRABALHO

Não tem armas de fogo nem armas brancas,

Sua arma é sua consciência aperfeiçoada

No aprendizado do saber,

Que não se transfere por hereditariedade.

 

Fortificados no que faz,

Lá vai o Auditor com seu conhecimento

Estendendo a mão ao irmão que compõe a sociedade

Que não conhece número par só ímpar do seu eu.

 

São irmãos nossos.

E a força do trabalho acumulado

Nos cofres dos Bancos, em moedas vis depositadas,

Com o suor e o sangue do explorado.

 

Com os suores do seu rosto já enrugado

Olha com timidez o AFT,

Mas, com a esperança no sorriso tímido,

E lágrimas límpidas brotadas no coração,

Que filtradas pelo pensamento inundam seu olhar.

 

O rosto vincado vira para o céu,

Agradece em prece,

Dizendo que terminará sua empreitada,

Eis que seus direitos e seguranças foram garantidos.

 

O importante é que sua dignidade foi resgatada

Ao sentir valer mais que o resultado.

Os Auditores, irmão trabalhador,

Compreendem o paradoxo da vida

Estarão sempre ao seu lado.

 

Mesmo sendo alvos e vítimas de emboscadas,

Como ocorreu na cidade de Unaí, em M.G.

Porém, irmanados estão com você em solidariedade

Fazendo prevalecer a necessária humanidade.


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