MG: Auditoras e Auditores-Fiscais apresentam achados da fiscalização e reforçam papel da prevenção em evento de SST

Promovido pela Revista Proteção, o 8° Congresso Brasileiro de Saúde e Segurança no Trabalho (Congresso SST 2025) foi realizado em Betim, Minas Gerais


Por: Lourdes Marinho
Edição: Andrea Bochi
27/11/2025



Achados da Inspeção do Trabalho em áreas estratégicas, como teleatendimento, setor bancário, logística e mineração foram apresentados no 8° Congresso Brasileiro de Saúde e Segurança no Trabalho (Congresso SST 2025), pelas Auditoras-Fiscais do Trabalho Julie Santos Teixeira Aguiar e Odete Reis, e pelos Auditores-Fiscais do Trabalho Mário Parreiras de Faria e Rudy Allan Silva da Silva.

Promovido pela Revista Proteção, o Congresso foi realizado em Betim, Minas Gerais, de 26 a 27 de novembro, e reuniu alguns dos maiores especialistas em Saúde e Segurança do Trabalho do país. Também os responsáveis pelos 46 cases vencedores do Prêmio Proteção Brasil 2025, distribuídos em 16 categorias, que apresentam soluções inovadoras, metodologias eficazes e impactos positivos comprovados nas empresas onde foram desenvolvidos.

Julie Santos apresentou a perspectiva das ações fiscais setoriais como estratégia de fiscalização e orientação. Explicou que o diálogo entre empregadores, trabalhadores e inspeção do trabalho é fundamental para construir soluções viáveis e fortalecer o cumprimento da legislação trabalhista. “Participar de painéis, congressos e eventos como esse é também uma forma de orientação, que permite levar conhecimento de alta qualidade para empresas, profissionais e trabalhadores”, disse.

De acordo com a Auditora- Fiscal, o painel reforçou ainda a responsabilidade dos profissionais legalmente habilitados — como engenheiros e especialistas em SST — na entrega de serviços alinhados às normas. “Muitos acidentes e autuações decorrem de consultorias e projetos técnicos realizados em descompasso com as exigências regulamentadoras”, atestou Julie.

Diante disso, um representante do Crea-MG, presente na plateia, se colocou à disposição para desenvolver projetos de qualificação em parceria com a Inspeção do Trabalho, visando aprimorar a formação desses profissionais em Minas Gerais.

Já Odete Reis, coordenadora Nacional do Projeto de Riscos e Princípios Sociais da Secretaria de Inspeção do Trabalho, abordou a importância de incorporar os riscos organizacionais e psicossociais aos programas das empresas — reforçando que, embora haja itens com vigência prevista para maio do próximo ano, esses riscos deveriam ser mapeados há muitos anos, conforme já determinam as Normas Regulamentadoras sobre o assunto. Também ressaltou que grande parte das iniciativas observadas em fiscalizações em redes de bancos e teleatendimento ainda está aquém do que a norma exige.

Especialista em mineração, Mário Parreiras apresentou casos, inovações e tendências do setor, destacando onde os profissionais de saúde e segurança devem concentrar esforços para aprimorar a prevenção em ambientes de alto risco.

Rudy Allan, um dos premiados durante o evento pelo seu trabalho na área de prevenção de acidentes, trouxe contribuições sobre acidentes em filiais e armazéns. Ele enfatizou a necessidade de análise profunda do conteúdo de primeira linha — especialmente gravações e registros que revelam a cadeia de incidentes que antecede um acidente. Reforçou que o acidente é apenas a “ponta do iceberg”, resultado de uma sequência de falhas e eventos menores que precisam ser identificados previamente.

“O público do evento demonstrou grande satisfação com as discussões e com a clareza da perspectiva trazida pela Fiscalização do Trabalho”, informaram as Auditoras e os Auditores-Fiscais.

 

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