1º de Maio, Dia do Trabalhador


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
30/04/2010



30-4-2010 – SINAIT


 


No dia 1° de Maio, quando os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil e do mundo todo comemoram o Dia Internacional do Trabalhador, as manifestações são diversas e remetem sempre à luta pela manutenção dos direitos adquiridos e dos que ainda serão conquistados.


As reivindicações clamam por direitos como a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas sem redução de salário, valorização do salário mínimo, Reforma Agrária, fim do fator previdenciário, entre outros.


Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes.


Entre os fatos importantes relacionados à data no Brasil, estão a instituição do salário mínimo, em 1º de maio de 1940, pelo presidente Getúlio Vargas, e a criação da Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, às relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.


Apesar da intenção, o salário mínimo que deveria suprir necessidades básicas de uma família, como moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer, não proporciona a dignidade para milhares de brasileiros.


Tal situação obriga pais de famílias, jovens e crianças a se submeterem ao trabalho degradante. Casos como os de trabalho escravo e infantil são detectados frequentemente, de norte a sul do País, pela Auditoria Fiscal do Trabalho, que resgatou nos últimos 15 anos mais de 38 mil trabalhadores vivendo em condições análogas à escravidão.


O avanço econômico somado à falta de prevenção em Saúde e Segurança do Trabalho eleva o número de trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho tanto no campo como na cidade.


Dados da Previdência Social revelam que em média 41 trabalhadores não retornam ao trabalho devido à invalidez ou morte. Dos 747,6 mil acidentes de trabalho registrados em 2008, mais de 2.757 trabalhadores morreram e 12.071 ficaram inválidos, além dos 646 mil que ficaram impossibilitados de trabalhar por invalidez temporária, por aproximadamente um ano.


A realidade do dia a dia  do trabalhador brasileiro evidencia que neste 1º de Maio eles têm mais a reivindicar do que a comemorar.


 


Histórico - A data faz referência a um grande movimento grevista, desenvolvido em Chicago, em maio de 1886, por operários que lutavam entre outras reivindicações, pela redução da jornada de 13 para 8 horas semanais. O movimento foi duramente reprimido e seus líderes principais foram condenados à morte.


 


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30-4-2010 – Valor Econômico


Desempregado é, na maioria, mulher, jovem e com ensino médio


 


Quem está desempregado hoje no Brasil é em sua maioria mulher, jovem e com no mínimo o ensino médio completo. Num período em que o país chega perto do pleno emprego, há um contingente de 1,8 milhão de pessoas que está fora do mercado de trabalho e com dificuldade para entrar. Os dados são da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


A exigência cada vez mais forte das empresas por qualificação chega a uma população que está saindo da escola, sem experiência nem especialização, explica Cimar Azeredo, gerente da pesquisa. Eram 760 mil jovens de 15 a 24 anos procurando emprego em março deste ano. A desocupação ficou estável em relação ao mês anterior.


 A mulher é maioria do público que está buscando emprego (58,5%) e também maioria da população economicamente ativa. Fora essa explicação para a participação maior do grupo feminino entre os desocupados, Azeredo acredita que pesa o fato de a mulher não ser majoritariamente o chefe da família.


Por não ser a primeira pessoa responsável pelo sustento da casa, ela fica menos forçada a procurar o subemprego como primeira alternativa (o que a tiraria do grupo de desocupados) e se mantém na parcela de pessoas à espera de um trabalho melhor. "Se a casa está sendo sustentada por outra pessoa, a mulher pode escolher esperar por algo melhor em vez de migrar para o subemprego", diz ele.


Na fila da contratação, há 1,3 milhão de pessoas que não são os principais responsáveis pela família, ou 74,5% do total.


A população na fila para contratações não é pouco instruída. Mais da metade (59,5%) tem ao menos o ensino médio completo. A parcela com menos de oito anos de estudo representa apenas 17% do grupo.


No entanto, as empresas reclamam de falta de profissionais qualificados. Considerando que parte expressiva dos desocupados é de jovens, pode-se concluir que existe uma corrida contra o tempo para quem está entrando no mercado de trabalho agora. "O jovem historicamente tem mais dificuldade de ser contratado por conta da falta de experiência, de especialização", diz o gerente da pesquisa.


Metade dos desempregados (49,8%) está em busca de trabalho há no mínimo 31 dias e no máximo seis meses. Para Azeredo, esse volume concentra as pessoas que se animaram com a notícia de melhoria da economia nacional e decidiu voltar a procurar trabalho. Se considerar um período ainda menor, de até 30 dias, a proporção do público na fila para uma ocupação é de 24,7% do total.


"Com a notícia de que o mercado está bom, mais pessoas decidem buscar um trabalho", diz o gerente da pesquisa. De acordo com a PME, 352 mil pessoas estão em busca do seu primeiro emprego, maior número desde outubro do ano passado.


A Região Nordeste concentra o maior índice de desocupação do país, com 11,3% em Salvador e 8,1% em Recife. "São regiões com um cenário diferenciado, uma economia menos desenvolvida e com grande contingente de jovens", diz Azeredo. Porto Alegre apresenta o menor percentual, de 5,9%. No Sudeste, São Paulo tem 8,2%, Rio de Janeiro, 6,4% e Belo Horizonte, 6,3%.


 


 


 


30-4-2010 – Agência Diap / Uol Notícias


IBGE: taxa de desemprego é a menor para meses de março


"Houve uma estabilidade na taxa de desemprego. O momento é de estabilidade sazonal. A expectativa é de que a taxa venha a inflexionar nos próximos meses", disse o economista do IBGE Cimar Pereira Azeredo


Por Rodrigo Viga Gaier (Reuters) - Na Uol Notícias


 


Apesar do avanço em março para 7,6%, a taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do País encerrou o primeiro trimestre com a menor variação da série iniciada em 2002. Foi também a menor variação para um mês de março ao longo de toda a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


O índice médio de desemprego no trimestre ficou em 7,4%, ante 8,6% no mesmo período do ano passado. Nos anos anteriores, a média era igual ou acima de dois dígitos, chegando a 12,2% em 2004.


"Houve uma estabilidade na taxa de desemprego. O momento é de estabilidade sazonal. A expectativa é de que a taxa venha a inflexionar nos próximos meses", disse o economista do IBGE Cimar Pereira Azeredo.


Entre fevereiro e março, foram abertas 80 mil vagas e 67 mil pessoas foram ao mercado à procura de uma oportunidade. Ao mesmo tempo, houve aumento da população em idade ativa (109 mil) e 38 mil pessoas deixaram a inatividade para tentar a inserção no mercado.


Esses fatores provocaram um pequeno aumento na taxa de um mês para outro - em fevereiro, o desemprego estava em 7,4%.


"O fato de a taxa não ter caído agora não é o fim do mundo. Por que a taxa não caiu? Porque o mercado ainda não está num período de ebulição", acrescentou Azeredo.


"Nesse período, há também a dispensa de temporários que tentam a reinserção no mercado, pressionado a taxa. A indústria também começa a ligar suas turbinas estimulando a procura, mas o mercado não está com força suficiente para atender todos os dispensados."


Para ele, mesmo com o aumento na taxa de juros em 0,75 ponto percentual anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o cenário econômico ainda é benigno para o mercado de trabalho em 2010.


 


Rendimento
A população ocupada nas seis regiões metropolitanas do país pesquisadas atingiu 21,748 milhões, alta de 0,4% sobre fevereiro e de 3,8% na comparação com igual mês do ano passado.


O número de desocupados somou 1,788 milhão, aumento de 3,9% mês a mês e queda de 14,1% sobre 2009.


A renda do trabalhador ocupado cresceu 0,4% entre fevereiro e março e 1,5% ante março de 2009. O rendimento médio ficou em 1.413,40 reais - o maior desde julho de 2002.


Segundo o IBGE, o ganho de rendimento no primeiro trimestre foi de 0,7% frente ao mesmo período de 2009.


"É um aumento discreto, mas presente e constante", afirmou Azeredo. "É um aumento por conta do movimento da economia, visto que a inflação estava alta nesse período. O aumento da formalização no mercado também pode estar ajudando, junto com o reajuste do mínimo".

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