Mesmo com maior número de ações fiscais e indicadores em queda, Minas lidera ainda o ranking do país na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil. Por outro lado, a resposta a esse cenário tem se traduzido em um crescimento exponencial das fiscalizações no estado
Usada como base para diagnóstico do Ministério do Trabalho e Emprego, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE aponta um contingente de 1,6 milhão de brasileiros em situação de trabalho infantil, grande parte deles nas ruas ou em outras atividades arriscadas e insalubres. Em 2023, 213 mil deles, entre 5 e 17 anos, apenas no Estado de Minas Gerais. Abaixo de Minas nesse ranking aparecem São Paulo, com 197 mil pequenos trabalhadores, e o Pará, com 174 mil.
Embora também tenha o maior número de ações fiscais e indicadores em queda, Minas lidera ainda o ranking do país na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil, estabelecida em decreto de 2008: são mais de 70 mil crianças e adolescentes nessa situação. Meninas são maioria na área de confecções, enquanto meninos predominam em atividades como oficinas mecânicas, construção civil e açougues. Em comum, a vulnerabilidade social que acaba por levá-los também ao abandono da escola.
Por outro lado, a resposta a esse cenário tem se traduzido em um crescimento exponencial das fiscalizações no estado. “O combate está sendo efetivo”, aponta a fiscalização do trabalho. Até 2020 os casos giravam na casa dos 70 por ano, com pouco mais de 60 fiscalizações realizadas. Agora, o número de operações praticamente triplicou. Só em 2025 já são cerca de 180 fiscalizações concluídas, com expectativa de alcançar a marca de 400 até o fim do ano.
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