16-9-2010 – SINAIT
A Câmara dos Deputados elaborou uma matéria comparando as propostas de quatro candidatos a presidente da República sobre a criação de empregos com os projetos que tramitam na Casa sobre o mesmo tema.
O emprego é, segundo pesquisa do Instituro Ibope, a terceira preocupação dos brasileiros. Entretanto, as propostas dos candidatos Dilma Roussef, José Serra, Marina Silva e Plínio de Arruda Sampaio são genéricas. Em contraponto, o levantamento da Agência Câmara mostra que a maioria dos projetos que tratam do assunto prioriza condições que levem à criação de empregos para segmentos que não estão tendo muitas oportunidades no mercado de trabalho, como jovens, portadores de deficiência, negros e pessoas acima de 40 anos.
Nesta área, a Fiscalização do Trabalho faz sua parte ao verificar o registro na Carteira de Trabalho e o cumprimento de todas as exigências da legislação trabalhista. A atuação dos Auditores Fiscais do Trabalho contribui para a formação das estatísticas de aumento do emprego formal. Neste ano, até agosto, conforme divulgou o Ministério do Trabalho e Emprego, já foram criadas 1,95 milhões de novas vagas de emprego, resultantes do levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged. O número já é igual ao de 2008 que, até então, era recorde desde que o cadastro foi criado, em 1991. O ministro Carlos Lupi estima que serão criadas 2,5 milhões de vagas em 2010.
Veja a matéria da Agência Câmara e consulte também os sites das campanhas dos candidatos à presidência da República.
14-9-2010 – Agência Câmara
Emprego perde destaque na campanha, mas preocupa brasileiro
Carol Siqueira
Candidatos prometem ampliar o índice de emprego formal, embora o tema não seja o maior destaque das campanhas. É o que mostra a terceira reportagem da série que a Agência Câmara divulga, comparando as promessas de campanha à Presidência da República com os projetos em tramitação na Casa.
O crescimento da economia brasileira e o fato de o mercado interno ter resistido à crise econômica do ano passado diminuíram o destaque da geração de empregos na campanha eleitoral deste ano, que está mais focada em questões sociais.
O tema ocupa o terceiro lugar na pesquisa do Ibope divulgada em junho sobre as áreas que devem ser prioridade do próximo governo, mas perdeu uma posição em relação à mesma pesquisa realizada em 2006. Hoje, 33% das pessoas disseram que o governo deve dar prioridade ao emprego, contra 41% em 2006.
O emprego é tema da terceira reportagem da série que vai relacionar as propostas defendidas por mais de um candidato aos projetos em análise pela Câmara nos seguintes temas: saúde, segurança, emprego e educação. Já estão no ar as matérias sobre saúde e segurança. Nesta sexta (10) será publicada a última parte da série, com as propostas sobre educação.
Os candidatos Dilma Roussef (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) prometeram ampliar o índice de emprego formal, como parte da política de manutenção do crescimento econômico. O candidato com maior número de propostas trabalhistas é Plínio de Arruda Sampaio, do PSol, que defende bandeiras controversas, como a redução da jornada de trabalho e o fim do banco de horas, que não encontram respaldo dos outros candidatos.
Na Câmara, a maioria das propostas sobre emprego busca estimular a contratação de pessoas com menos espaço no mercado de trabalho: jovens, maiores de 40 anos, negros, portadores de deficiência.
Os deputados buscam ainda punir o empregador que lança mão de critérios discriminatórios nas seleções de trabalhadores, como a exigência de boa aparência, de exames de gravidez ou da comprovação de que a pessoa não está com o nome inscrito em serviços de proteção ao crédito.
Principais propostas dos candidatos sobre empregos
Dilma Roussef – PT – Ampliar o emprego formal; manter a política de valorização do salário mínimo; propor o crescimento da renda dos trabalhadores, não só pelos aumentos salariais, mas por eficientes políticas públicas de educação, saúde, transporte, habitação e saneamento.
José Serra – PSDB – Criar 20 milhões de empregos até 2020.
Marina Silva – PV – Estimular, com isenção fiscal e crédito, a geração de empregos verdes.
Plínio Sampaio – PSOL – Manter e defender o direito de greve; acabar com o arrocho salarial e o congelamento dos salários do funcionalismo; pôr fim às medidas e projetos que visam precarizar, privatizar e destruir os direitos dos servidores e os serviços públicos; reduzir a jornada de trabalho para 40 horas sem redução de salários; acabar com o banco de horas.
Obs.: As propostas dos candidatos do PT, PV e PSOL foram retiradas dos programas registrados. Já as propostas do candidato do PSDB foram retiradas de reportagens da imprensa sobre comício realizado em Varginha (MG).