Conferência da OIT pede prioridade ao emprego


Por: SINAIT
Edição: SINAIT
28/06/2010



28-6-2010 – SINAIT


 


O desemprego no mundo já era grande antes da crise econômica de 2008/2009 e com ela, se aprofundou. O problema foi enfatizado durante a Conferência anual da Organização Internacional do Trabalho, que terminou na sexta-feira, 18, em Genebra, principalmente porque no próximo fim de semana acontecerá a reunião do G20 (26 e 27 de junho, em Toronto, Canadá), à qual estarão presentes os principais líderes mundiais. O apelo da OIT, reforçado por trabalhadores de todo o mundo é para que os dirigentes priorizem as políticas de emprego, como forma de afastamento definitivo da crise econômica, pois inclui os cidadãos no ciclo do consumo e da produção.


O apelo da OIT é por mais e melhores empregos, para haver equilíbrio no crescimento. Trabalho decente e trabalho para todos. A OIT lembra que o Pacto Mundial para o Emprego lançado no ano passado já recebeu o apoio do G20. O que falta é colocar em prática políticas que traduzam este apoio em atitudes concretas.


 


Veja matéria da OIT.


 


21-6-2010 – OIT Brasil


Às vésperas da cúpula do G20 em Toronto, a OIT pede que seja dada prioridade ao emprego para garantir uma recuperação econômica equilibrada


 


GENEBRA (Notícias da OIT) – A Conferência Internacional do Trabalho concluiu sua reunião de 2010 com um forte apelo para que o emprego e a proteção social sejam colocados no centro das políticas de recuperação. “Devemos encontrar um equilíbrio justo de políticas para conseguir um crescimento justo, sustentável e equilibrado”, disseram os delegados à Conferência.
Dias antes do começo da cúpula de líderes do G20, que ocorrerá em Toronto nos dias 26 e 27 de junho, representantes da “economia real” – isto é, delegados de governos, empregadores e trabalhadores dos 183 Estados Membros da OIT – expressaram sua preocupação porque a recuperação da economia mundial continua “frágil e desparelha”, e acrescentaram que “em muitos mercad os de trabalho a recuperação do emprego ainda não se equipara à recuperação econômica”.
“Devemos adotar de maneira urgente políticas que ponham o emprego no centro das políticas econômicas”, disse o representante dos trabalhadores, Shigeru Nakajima, do Japão.
“Aqui na OIT temos reforçado este conceito: a única recuperação possível é uma recuperação sem déficit social”, disse o Diretor-Geral da OIT, Juan Somavia, em uma mensagem dirigida ao plenário ao final da Conferência.
“O emprego de qualidade no centro da recuperação” foi uma mensagem central da reunião em Pittsburgh no mês de setembro do ano passado. “Esta mensagem continua sendo mais relevante do que nunca”, disse Somavia.
Os delegados pediram que sejam tomadas ações para colocar em prática o Pacto Mundial para o Emprego da OIT. O Pacto – que recebeu um amplo apoio durante a Cúpula do G20 em Pittsburgh – foi adotado em uma cúpula especial sobre a crise realizada durante a Conferência Internacional do Trabalho do ano passado.
Os delegados também expressaram um amplo apoio ao apelo do Diretor-Geral Juan Somavia para forjar uma estratégia política “equilibrada” que aponte para uma recuperação “rica em emprego”, bem como sua advertência de que as medidas de redução do déficit anunciadas recentemente, especialmente as que apontam para cortes de gastos sociais, poderiam “afetar de maneira direta o trabalho e os salários” em momentos em que persiste uma débil recuperação econômica e um alto nível de desemprego.
O representante dos empregadores dos Estados Unidos, Ronnie Goldberg, apelou para a criação de “uma política efetiva de emprego para assegurar que o crescimento se traduza em postos de trabalho sustentáveis”.
A Conferência reiterou seu apelo à OIT para que coloque o emprego pleno e produtivo o trabalho decente no centro das políticas econômicas e sociais com o ob jetivo de fortalecer a dimensão social da globalização. “É urgente que a OIT desempenhe todo o seu papel frente aos desafios apresentados pela globalização”, disse o Presidente da Conferência, Gilles de Robien, da França.

Os delegados à Conferência  pediram à OIT para aumentar sua colaboração com as instituições multilaterais – em particular as Nações Unidas, o FMI e o Banco Mundial – e fortalecer a coerência entre as políticas financeiras, econômicas, comerciais, trabalhistas, sociais e de meio ambiente.
A Conferência ocorreu em meio a uma renovada preocupação pela continuidade da crise de emprego em nível mundial, que elevou o número de desempregados para 210 milhões, o que equivale a um recorde histórico, segundo assinalou o Diretor-Geral em seu relatório à Conferência, intitulado “Recuperação e Crescimento sob o signo do Trabalho Decente”.
Apesar de certos sinais de recuperação econômica, a OIT não vê nenhuma indicação de que o índice de desemprego está diminuindo.
Tanto os delegados de governos como os de empregadores e de trabalhadores assinalaram que a contínua falta de recuperação do emprego representa um “peso enorme” para os desempregados. Outros advertiram sobre o perigo de corte prematuro nas medidas de estímulo, o que “somente pioraria as coisas”.
“A mensagem desta Conferência foi bem clara: devemos colocar o emprego no centro da recuperação. Em termos da reunião do G20 em Toronto, isso significa cumprir com o compromisso dos líderes alcançado em Pittsburgh, sob a liderança do presidente Obama, de colocar o emprego no centro da recuperação”, disse Somavia.

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